Observatório Sul Baiano

Notícias e opiniões independentes de qualquer coisa

segunda-feira, 11 de março de 2013

O absurdo: professora morre esfaqueada por aluno em sala de professores na cidade de Itirapina em São Paulo


A professora Simone Lima assassinada
covardemente.

Professora de 27 anos morre após ser esfaqueada em escola de Itirapina

Suspeito é um aluno do programa de Educação de Jovens e Adultos (Eja).
Motivos ainda são desconhecidos; PM faz buscas para localizar o homem.


Reportagem do globo.com

Uma professora de português de 27 anos morreu após ser esfaqueada dentro da Escola Estadual Professor Joaquim de Toledo Camargo, em Itirapina (SP), na noite desta segunda-feira (11). O suspeito do crime é um aluno de 33 anos que está foragido, segundo a Polícia Militar.
De acordo com a PM, o crime aconteceu por volta das 19h e o motivo ainda é desconhecido. Segundo testemunhas, o suspeito entrou na sala dos professores, empurrou um deles e atacou a professora Simone Lima, que não teve tempo de reagir.
A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos. O Hospital Municipal São José confirmou que Simone já chegou morta ao local.
O suspeito, que tem aulas pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (Eja), fugiu logo após o crime. A Polícia Militar faz buscas na região da escola para tentar localizá-lo.
- março 11, 2013 Nenhum comentário:
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domingo, 3 de março de 2013

Que tipo de professor você terá nesse semestre?

Os caras é "Os Carai", conseguiram descrever direitinho o perfil de alguns professores e professoras universitários, afinal tem umas figuras que se acham não é mesmo?! Precisam disso, afinal, também quase sempre, eles não são tudo que dizem ser, considerando que há uns caras e umas caras bons pra carai também, mas a maioria...ahhh a maioria!
Veja o vídeo, você não vai ficar indiferente, vai rir pra caramba. A gente fica rindo deles enquanto eles continuam se achando!
 
- março 03, 2013 Nenhum comentário:
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sábado, 9 de fevereiro de 2013

O REPÚDIO DO CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA ÀS DECLARAÇÕES DE SILAS MALAFAIA

Silas Malafaia e suas declarações homofóbicas
 no programa de Marília Gabriela: retrocesso
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) manifesta publicamente seu repúdio às declarações do líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, feitas no último domingo (3/2), durante um programa de entrevistas exibido pelo SBT. 

Em sua participação, o pastor evangélico agrediu a perspectiva dos Direitos Humanos a uma cultura de paz e de uma sociedade que contemple a diversidade e o respeito à livre orientação – objetos da atuação da Psicologia, que se pauta na defesa da subjetividade das identidades.

As declarações de Malafaia, que é graduado em Psicologia, afrontam a construção das lutas da categoria ao longo dos anos pela defesa da diversidade. É lamentável que exista um profissional que defenda uma posição de retrocesso que chega a ser quase inquisitório, colocando como vertentes do seu pensamento a exclusão e o preconceito na leitura dos Direitos Humanos.

Ao alegar que a homossexualidade é uma questão de comportamento, o pastor se mostra contrário às bandeiras levantadas pela Psicologia, especialmente no que tange a Resolução CFP nº 001/99, estabelece normas de conduta profissional para o psicólogo na abordagem da orientação sexual, visando garantir um posicionamento de acordo com os preceitos éticos da profissão e a fiel observância à promoção dos direitos humanos. Considera que a homossexualidade não constitui doença, desvio ou perversão, posto que diferentes modos de exercício da sexualidade fazem parte das possibilidades de existência humana.

O dispositivo busca contribuir para o desaparecimento das discriminações em torno de práticas homoeróticas e proíbe as psicólogas (os) de proporem qualquer tratamento ou ação a favor de uma ‘cura’, ou seja, práticas de patologização da homossexualidade. Infelizmente, nada disso soa em consonância com o discurso de Silas Malafaia.

A Resolução declara, ainda, que é um princípio da (o) psicóloga (o) o respeito à livre orientação sexual dos indivíduos e o apoio à elaboração de formas de enfrentamento no lidar com as realidades sociais de maneira integrada. É dever do profissional de Psicologia fornecer subsídios que levem à felicidade e o bem-estar das pessoas considerando sua orientação sexual.

Esse tipo de manifestação da homofobia na sociedade brasileira contribui para a violação dos direitos humanos de parcela significativa da população. Vale lembrar que esses tipos de casos resultaram, no ano de 2011, em 278 assassinatos motivados por orientação sexual, de acordo com o Disque Direitos Humanos (Disque 100).
Dessa forma, podemos entender que a construção sócio-histórica da figura do homossexual como anormal que precisa ser corrigido e, por vezes, exterminado para a manutenção dos valores e do bem estar social, ainda se faz presente em nossa sociedade. Entretanto, a violência destinada a sujeitos que têm suas sexualidades consideradas como ‘desviantes’ não se resume a agressões e assassinatos. De fato, tais manifestações só se tornam possíveis a partir de uma rede de discursos que os colocam como inferiores, vítimas de sua própria existência. Esses discursos e práticas são, então, ações de extermínios de subjetividades indesejadas.
Com base nessa realidade, é também uma tarefa da Psicologia contribuir para o enfrentamento da homofobia e suas repercussões sociais. A importância dessa ação é tanta, que em novembro de 2012 o CFP assinou um termo de cooperação com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) para tratar do tema por meio de Comitês de Enfrentamento à Homofobia e da Campanha Faça do Brasil um Território Livre da Homofobia.
A atitude desrespeitosa de Malafaia com homossexuais ressalta um tipo de comportamento preconceituoso que não se insere, em hipótese alguma, no tipo de sociedade que a Psicologia vem trabalhando para construir com outros atores sociais igualmente sensíveis e defensores dos Direitos Humanos.

O Brasil só será um país democrático, de fato, se incorporar valores e práticas para uma cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. Exatamente o oposto do que prega o referido pastor.

Fonte: CFP
Extraído do blog http://ismaelpsicol.blogspot.com.br
- fevereiro 09, 2013 Nenhum comentário:
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sábado, 19 de janeiro de 2013

OS NOVOS CIENTISTAS SOCIAIS, DA BAHIA, DO BRASIL E DO MUNDO!

Olá amigos,

Acima a primeira foto da primeira turma, onde tudo começou.
Abaixo, caracterizados para um seminário, momentos marcantes.
esta semana estive durante seus primeiros dias, assistindo as apresentações dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) dos meus colegas do curso de Ciências Sociais da nossa Universidade Estadual de Santa Cruz. 

Foram momentos únicos de emoção, de alegria e ao menos de percepção quanto ao fato de que ali, naquelas 50, 70 laudas de texto, envolvendo pesquisa de campo, muita leitura está a síntese de uma trajetória de quatro anos de idas e vindas, estrada, chuva, sol, seminários, provas, apresentações as mais diversas, resumos, uma enorme produção de slides e discursos em sala de aula. 

Está ali a história de longos quatro anos de relacionamentos, entendimentos e desentendimentos, afinidades e "desafinidades",concordância e discordância e muitas, muitas descobertas. 

Foi legal assistir aos colegas submetendo seus trabalhos às suas respectivas bancas e foi bom também ver, através dos comentários e notas dos professores, que eles cumpriram bem seu papel, são os primeiros cientistas sociais que a UESC apresenta à sociedade. 

A próxima "fornada" sai no final desse 2013. Sou feliz por fazer parte dessa primeira turma, sou feliz por ter aprendido tanto, por ter hoje uma visão tão diferenciada e privilegiada de mundo, coisa que estou certo, nenhuma outra área de conhecimento é capaz de oferecer. 

Só em pensar que, a educação oferecida hoje no Brasil é meramente tecnicista, busca apenas cumprir o papel de formadora de mão de obra para o mundo do capital e não está muito interessada em formar cidadãos críticos; criticidade, que aliás, é o principal objetivo do nosso curso. Isso aumenta em muito nossa responsabilidade diante de uma sociedade em muitos aspectos doente, em processo de transformação e porque não dizer, tentando se readaptar a novas realidades, em novos contextos com suas constantes quebras de paradigmas. 

É esse, sem dúvida alguma, o papel do cientista social, diagnosticar e apresentar para esta mesma sociedade, caminhos que possam, ao serem trilhados, colaborar para que a sociedade viva mais saudável, portanto, mais justa. 

Sim, receber da Instituição de Ensino Superior o OK, a certificação de Cientista Social, é apenas o primeiro passo, há um longo e desafiante caminho a seguir. Temos as ferramentas, cabe a nós utilizá-las para sermos de fato, úteis à sociedade. 

Parabenizo aos meus diletos colegas, estaremos juntos nessa empreitada, as vezes concordando, as vezes discordando, mas unidos no desafio de oferecer à sociedade respostas plausíveis para os mais variados questionamentos no âmbito social. 

Quinta-feira, dia 24 de Janeiro, estaremos lá no auditório da UESC, já até comprei meu terno para essa data tão especial. Salientando que, embora fazendo parte desta primeira turma, estarei me formando neste 2013 como a maioria da turma. 

Porém, a alegria dos 10 guerreiros e guerreiras desse 24 de janeiro é também a minha alegria. Parabéns para nós!!
- janeiro 19, 2013 Um comentário:
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Brasil registra recorde de divórcios em 2011, segundo IBGE

Fonte: G1 - São Paulo

Em 2011, o Brasil registrou a maior taxa de divórcios desde 1984, quando foi iniciada a série histórica das Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta segunda-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de divórcios chegou a 351.153, um crescimento de 45,6% em relação a 2010, quando foram registrados 243.224.

Segundo o IBGE, foram 2,6 divórcios para cada mil habitantes de 15 anos ou mais de idade, contra 1,8 separações em 2010.
Conforme a pesquisa, um dos fatores foi a mudança na Constituição Federal em 2010, que derrubou o prazo para se divorciar, tornando esta a forma efetiva de dissolução dos casamentos, sem a etapa prévia da separação.

Com isso, houve uma queda de três anos no tempo médio transcorrido entre a data do casamento e a da sentença de divórcio desde 2006 – de 18 anos para 15 anos.

Em 2011, a maior proporção de dissoluções ocorreu em casamentos que tinham entre 5 e 9 anos de duração (20,8%), seguida de uniões de 1 e 4 anos.
Além disso a proporção do divórcio por via administrativa, possível aos casais sem filhos, passou de 26,8%, em 2001, para 37,2%, em 2011.


A idade média ao divorciar diminuiu para homens e mulheres entre 2006 e 2011. De 43 anos para 42 anos no sexo masculino, e de 40 para 39 anos no feminino.

Casamentos

Ao mesmo tempo, em 2011, foram registrados 1.026.736 casamentos, 5% a mais que no ano anterior. Deste total, 1.025.615 foram de cônjuges de 15 anos ou mais de idade. São sete casamentos para mil habitantes de 15 anos ou mais de idade.

As taxas mais elevadas de casamento estão em Rondônia, Distrito Federal, Espírito Santo e Goiás, e as menores, no Amapá e Rio Grande do Sul.
As mulheres se casam mais entre 20 a 24 anos, e os homens, entre 25 e 29 anos, o que reflete um aumento da idade para se casar. A partir dos 60 anos, as taxas do sexo masculino são mais que o dobro que as das mulheres, diz o IBGE.


As informações foram coletadas dos cartórios de registro civil, varas de família, foros ou varas cíveis e tabelionatos de notas do país.

Também aumentou o número de recasamentos, que representavam 20,3% do total das uniões formalizadas em 2011, contra 12,3% em 2001. Rondônia (75,2%) e o Rio de Janeiro (75,5%) foram os estados com as menores proporções de casamentos entre solteiros, e Piauí o maior (92,4%). Já os casamentos entre pessoas divorciadas têm a maior proporção em São Paulo (5,2%).

Os dados também revelam o crescimento da guarda compartilhada dos filhos menores entre os cônjuges – 5,4% seguiam esse tipo de divisão, mais que o dobro do verificado em 2001 (2,7%). Ainda assim, a responsabilidade feminina ainda é a maior, 87,6%.

O compartilhamento da guarda foi mais frequente no Pará (8,9%) e no Distrito Federal (8,3%) e registrou os menores percentuais em Sergipe (2,4%) e no Rio de Janeiro (2,8%).
















- dezembro 17, 2012 Nenhum comentário:
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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Joaquim tem amigos sim - o povo brasileiro!


O Ministro Presidente do STF, Joaquim Barbosa
A reportagem intitulada "Joaquim Barbosa o juiz sem amigos”, publicada na Revista Época desta semana e veiculada pelo portal "globo.com", revela em si mesma o desconforto de alguns setores da sociedade brasileira com a indicação do ministro para o cargo mais importante da justiça do país. Mesmo os leitores pouco críticos percebem nas entrelinhas como tendenciosa é a reportagem. Dizer que o ministro não tem amigos e insinuar que a governabilidade está fatalmente e unicamente atrelada a conchavos, é evocar, ao menos sem querer, a condição nojenta de segmentos da sociedade que ao longo de séculos construíram, ou melhor, mancharam a história do país por sempre estar nas mãos de uma minoria que se julga e sempre buscara através de negociatas as mais vergonhosas, se colocar acima da justiça.

Em um momento da infeliz reportagem, a não menos infeliz autora, tenta fixar a ideia de que o ministro devia favores nos bastidores do poder quando em sua trajetória até o STF e, por isso mesmo, não deveria esquecê-las na sua participação como relator no processo do mensalão.

É triste observar como as pessoas preferem valorizar coisas tão pequenas e insignificantes em detrimento aos atos heroicos e valorosos. Citamos o fato de deixar de valorizar a decisão do ministro em que, mesmo tendo em mãos a possibilidade de reproduzir atos vergonhosos de compensação, como infelizmente é comum nesse país, preferiu atuar de modo ilibado, ficando do lado da justiça e do povo brasileiro. Isto a reportagem não evidencia, antes se limita ao mínimo, a coisas tão pequenas como a situação do desacordo do ministro com alguns de seus colegas.

Outra coisa implícita na reportagem é a indicação de aparente intolerância e incapacidade de relevância por parte de quem escreve. Para o ser politizado e cônscio de seus deveres, principalmente quando o que está em destaque é a grandiosidade da posição honrosa que se ocupa, relevar situações mínimas, mas que podem levar a um extremo stress é característico.

Se tivermos que fazer um resumo crítico do texto publicado na Revista Época em uma pequena frase, essa seria: “Falácias tendenciosas” que por sinal não convenceu a maioria dos leitores, basta ver os comentários bem abaixo da reportagem no portal “globo.com”. Uma delas me chamou a atenção, esta questiona: “Quem disse que o ministro não tem amigos? E os mais de 200 milhões de brasileiros, cuja grande maioria admira e torce por ele?” Isso mesmo, o ministro pode estar certo, o Brasil com ele está e alguns setores da sociedade acostumados com os favorecimentos e negociatas que diminuem a imagem do Brasil, vão perseguir sim, pois sabem, pela primeira vez estão diante de um grande problema chamado Joaquim Barbosa.

 

  • Identificação
  • Endereço
  • Idiomas
  • Outras informações relevantes

  • Formação acadêmica/titulação

  • Atuação profissional
  • Áreas de atuação
Produção Bibliográfica

  • Artigos completos publicados em periódicos
  • Artigos aceitos para publicação
  • Livros e capítulos
  • Textos em jornais ou revistas (magazine)
  • Trabalhos publicados em anais de congressos
  • Apresentações de trabalho
  • Partitura musical
  • Tradução
  • Prefácio, pósfacio
  • Outras produções bibliográficas
Produção Técnica

  • Assessoria e consultoria
  • Programas de computador sem registro
  • Produtos tecnológicos
  • Processos e técnicas
  • Trabalhos técnicos
  • Cartas, mapas ou similares
  • Curso de curta duração ministrado
  • Desenvolvimento de material didático ou instrucional
  • Editoração
  • Manutenção de obra artística
  • Maquete
  • Entrevistas, mesas redondas, programas e comentários na mídia
  • Relatório de pesquisa
  • Redes sociais, websites e blogs
  • Outras produções técnicas
Produção Artística/Cultural

  • Artes cênicas
  • Música
  • Artes visuais
  • Outras produções artísticas/culturais

  • Artigos
  • Livros e capítulos
  • Textos em jornais de notícias/revistas
  • Apresentações de trabalho
  • Programa de computador sem registro de patente
  • Cursos de curta duração ministrados
  • Desenvolvimento de material didático ou instrucional
  • Entrevistas, mesas redondas, programas e comentários na mídia
  • Programa de Computador registrado
  • Organização de eventos, congressos, exposições e feiras
  • Redes sociais, websites e blogs
  • Artes Visuais
  • Artes Cênicas
  • Música

  • Participação em eventos, congressos, exposições e feiras
  • Organização de eventos, congressos, exposições e feiras

  • Participação em bancas de trabalhos de conclusão
  • Participação em bancas de comissões julgadoras

  • Ocultar informações complementares
- dezembro 11, 2012 Nenhum comentário:
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Diretoria de Engenharia e Arquitetura do Tribunal apresenta projeto para o Fórum de Itabuna


A Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia divulgou imagens do novo Fórum de Itabuna, que está sendo definido como moderno e funcional . A responsabilidade do projeto é da Diretoria de Engenharia e Arquitetura (DEA), vinculada a Secretaria da Administração (SEAD) do  TJBA.


E apesar das reclamações da população em relação a distância do centro da cidade, não teve jeito,  o complexo, que abrange o Fórum e mais três anexos, onde serão instaladas unidades judiciais, vai funcionar no bairro Nossa Senhora das Graças, em frente à Maternidade Ester Gomes. O projeto, pensado na perspectiva da modulação estrutural, deve ser estendido, posteriormente, para outras comarcas do mesmo porte.

A previsão de Inauguração do novo Fórum de Itabuna é o final do próximo ano. Portando, não deve demorar! Aguardamos!

Fonte: TJBA
A nova unidade judicial será construída no Bairro Nossa
Senhora das Graças em frente a Maternidade Ester Gomes.

Padrão de salas amplas,
confortáveis e funcionais.
Fachada do novo fórum previsto
 para ser inaugurado em 2013
- novembro 07, 2012 Nenhum comentário:
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A INVISIBILIDADE DOS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL

O desabafo de um índio brasileiro, uma aula para sociólogos, antropólogos, cientistas políticos, acadêmicos em geral que muitas vezes, do alto do conforto de sua redoma acadêmica, em seus discursos, parecem proclamar que conhecem mais de índio do que o próprio índio e esse "conhecimento" continua não sendo traduzido em ações concretas em benefício dos ignorados, desrespeitados e massacrados povos indígenas, que continua, a despeito de toda a produção de conhecimento, invisíveis para a sociedade brasileira!


- outubro 29, 2012 Nenhum comentário:
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sábado, 27 de outubro de 2012

Professora é demitida após divulgar fotos de escola alagada em Imperatriz

Imagens mostram alunos realizando prova segurando guarda-chuvas.
Secretário municipal disse que professora procedeu de forma errada.

Por Fernanda Libério
Do G1 - Maranhão

Após chuva, sala de aula do Colégio Municipalizado
Guilherme Dourado ficou alagada e alunos
 tiveram que se proteger com guarda-chuvas
 (Foto: Uiliene Araújo/Arquivo Pessoal)
A divulgação em redes sociais de fotos que mostram alunos fazendo prova embaixo de guarda-chuvas causou a demissão de uma professora do ensino municipal de Imperatriz (MA). As imagens causaram impacto e o caso ganhou repercussão na cidade. O secretário municipal de Educação, Zeziel Ribeiro da Silva, disse que a medida foi tomada porque a professora procedeu de forma errada. A reportagem foi sugerida por um internauta através do VC no G1.
Uiliene Araújo Santa Rosa, de 24 anos, foi afastada e teve seu contrato com a Prefeitura Municipal de Imperatriz encerrado nesta sexta-feira (26), após a publicação das fotos que mostravam uma sala de aula do Colégio Municipalizado Guilherme Dourado. Nas imagens é possível ver os alunos se protegendo com guarda-chuvas, além do chão da sala de aula alagado e buracos no telhado da instituição. De acordo com a professora, a intenção ao publicar as imagens era chamar a atenção para os problemas da rede municipal. “Não identifiquei o nome do colégio ou de qualquer funcionário da instituição, mas publiquei as fotos em meu perfil pessoal, pois acredito que não se deve ficar de braços cruzados diante de uma situação assim”, falou ao G1.
Após a publicação das fotos, Uiliene conta que percebeu que os colegas a tratavam de forma diferente. “Quando voltamos do feriado, percebi que os funcionários me olhavam de uma forma diferente e já não falavam comigo. Era por causa das fotos. Então começaram a boicotar minhas aulas. Não liberavam data-show ou televisão para que eu trouxesse material para os meus alunos, coisa que faziam para os outros professores”, afirmou ela.
Na mesma semana em que as imagens foram divulgadas, a professora conta que a Secretaria de Educação providenciou reparos imediatos no telhado da escola. No dia 25 deste mês, no entanto, Uiliene foi afastada de seu cargo na unidade Guilherme Dourado e na sexta-feira (26), a professora recebeu um comunicado que anunciava o encerramento de seu contrato com a Prefeitura Municipal de Imperatriz por atos de conduta incabível.
“Fui punida pela publicação das fotos e isso não é justo. É o tipo de coisa que acontecia na época da ditadura, mas estamos em uma democracia, não é? Ela [a diretora] não está agindo como uma gestora. Está tratando a escola como propriedade privada, mas a escola é de propriedade pública, é do município. Acredito na liberdade de expressão e em formar alunos com uma visão crítica, que não se conformem com as coisas do jeito que elas estão. Cresci vendo meu pai e meus professores reivindicando os direitos de educação e aprendi a dar valor a ela, então não poderia ficar de braços cruzados frente a essa situação”, relatou a professora.
Uiliene, que se formou no ano passado, começará a dar aulas no ensino superior, mas não pretende abandonar a luta pela valorização da educação fundamental. “Passarei a dar aula para o ensino superior, mas já dei aulas em várias escolas municipais desde a época da faculdade e sei o estado delas. Tenho um filho pequeno e fico pensando, será em um colégio como esse que ele terá que estudar?”, pergunta a jovem.
 
RepercussãoPublicadas em seu perfil pessoal no Facebook, as quatro fotos que mostram o estado da sala de aula do Colégio Municipalizado Guilherme Dourado já contam com quase 200 compartilhamentos e diversos comentários em apoio à professora e indignação diante da estrutura e atitude da unidade.
Em contato com o G1, o secretário municipal de Educação, Zeziel Ribeiro da Silva, confirmou a demissão da professora. De acordo com ele, Uiliene Araújo Santa Rosa é seletivada e seu contrato foi rescindido após a postagem da situação da escola nas redes sociais. O secretário afirmou que o episódio foi isolado e que a escola, que fica no parque São José, um bairro da periferia de Imperatriz, tem um dos melhores prédios entre as municipalizadas da cidade.
Ainda segundo o secretário, uma ventania ocorrida logo após a eleição destelhou a sala mostrada nas imagens e que no dia em que as fotos foram tiradas uma prova seria realizada, mas que a professora poderia ter evitado a situação. Zeziel alegou que em nenhum momento a professora procurou a direção da escola ou mesmo a Secretaria de Educação para denunciar o caso. Ele afirmou, ainda, que a demissão foi comunicada ao prefeito Sebastião Madeira, que autorizou o procedimento.
O secretário alegou que problemas internos não deveriam ser tratados em redes sociais e que a funcionária, efetivada há quatro meses, procedeu de forma errada. Ele afirma que não há perseguição contra a professora e que a medida administrativa também seria tomada em relação a outro funcionário que cometesse o erro.
- outubro 27, 2012 Nenhum comentário:
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

GOOD BUSINESS OPPORTUNITY;Bonne occasion d'affaires;Buena oportunidad de negocio

To my readers Americans and Europeans,

in view of the fact that social divorce around the world and also the changes taking place in modern society concerning the new configurations of family, was recently launched in Brazil the book 'The Anatomy of divorce: from dating to remarriage. "It is a material produced over 7 years of study that examines how does the couple separate. Since the beginning of dating, the differences in conceptions of the world, the issue of female employment and commitments to marriage, passing by family relationships, cultural formation. It also analyzes how each couple resolves its financial issues and the role of the Christian religion in the formation and dissolution of the marriage, how important this gives individuals the detriment of their own institutional interests and finally addresses questions concerning remarriage and how to deal with children that end up being innocently involved in the separation process. The book was very well accepted in Brazil and is in the process of dissemination nationwide. Now, we are looking for a publisher in the United States and Europe for a publishing and distribution partnership. Contains 18 chapters with completion in 158 pages and still is prefaced by Professor Ph.D. in sociology and pro rector at the University of Santa Cruz Elijah Guimarães Lins. Those interested can contact in Portuguese by phone (73) 8825 9450, or by e-mail: maik.35@ hotmail.com and still prefer is that through this blog's author page on the Internet. We look for a contact successful partnership.


A strong hugs to friends readers worldwide.
Maik Oliveira


Pour mes lecteurs Américains et les Européens,
en raison du fait que le divorce sociale dans le monde et aussi les changements qui s'opèrent dans la société moderne en ce qui concerne les nouvelles configurations de la famille, a récemment été lancé au Brésil le livre 'The Anatomy of divorce:. partir datant de remariage "Il est un matériau produit plus de 7 ans d'étude qui examine comment le couple se sépare. Depuis le début de la datation, les différences de conceptions du monde, la question de l'emploi des femmes et des engagements au mariage, en passant par les relations familiales, la formation culturelle. Il analyse également la façon dont chaque couple résout ses problèmes financiers et le rôle de la religion chrétienne dans la formation et la dissolution du mariage, l'importance de cette donne aux individus au détriment de leurs propres intérêts institutionnels et aborde enfin les questions concernant le remariage et la façon de traiter avec les enfants qui finissent par être innocemment impliqué dans le processus de séparation. Le livre a été très bien acceptées au Brésil et dans le processus de diffusion nationale. Maintenant, nous sommes à la recherche d'un éditeur aux États-Unis et en Europe pour une maison d'édition et de partenariat de distribution. Contient 18 chapitres avec achèvement en 158 pages et est toujours précédées par le professeur doctorat en sociologie et pro recteur de l'université de Santa Cruz Elie Lins Guimarães. Les personnes intéressées peuvent contacter en portugais par téléphone (73) 8825 9450, ou par e-mail: maik.35@hotmail.com et préfèrent encore, c'est que grâce à la page auteur de ce blog sur Internet. Nous recherchons un partenariat de contact réussie.


A fortes étreintes aux lecteurs amis du monde entier.
Maik Oliveira


A mis lectores norteamericanos y europeos,
en vista del hecho de que el divorcio social en todo el mundo y también los cambios que se producen en la sociedad moderna sobre las nuevas configuraciones de la familia, se puso en marcha recientemente en Brasil el libro "Anatomía de divorcio:. de fechar a nuevas nupcias" Es es un material producido a lo largo de 7 años de estudio que examina cómo hace la pareja separada. Desde el inicio de las citas, las diferencias en las concepciones del mundo, la cuestión del empleo femenino y de los compromisos del matrimonio, pasando por las relaciones familiares, la formación cultural. También analiza cómo cada pareja resuelve sus problemas financieros y el papel de la religión cristiana en la formación y disolución del matrimonio, la importancia de este da a los individuos en detrimento de sus propios intereses institucionales y, finalmente, aborda las cuestiones relativas a las segundas nupcias y la forma de tratar a los niños que terminan siendo inocentemente involucrados en el proceso de separación. El libro fue muy bien aceptado en Brasil y está en el proceso de difusión a nivel nacional. Ahora, estamos buscando una editorial en los Estados Unidos y Europa para un acuerdo de distribución y publicación. Contiene 18 capítulos con terminación en 158 páginas y todavía está precedida por el Profesor Doctor en sociología y pro rector de la Universidad de Santa Cruz Elías Guimarães Lins. Los interesados ​​pueden ponerse en contacto en portugués por teléfono (73) 8825 9450, o por correo electrónico: maik.35@ hotmail.com y prefieren aún es que a través de la página del autor de este blog en Internet. Buscamos una asociación de contactos de éxito.

Un abrazo fuerte a los lectores amigos alrededor del mundo.
Maik Oliveira


Aos meus leitores americanos e europeus,
tendo em vista o fato social divórcio em todo o mundo e também as mudanças que vêm ocorrendo na sociedade moderna concernentes às novas configurações de família, foi lançado no Brasil recentemente o livro 'A anatomia do divórcio: do namoro ao novo casamento". Trata-se de um material produzido ao longo de 7 anos de estudo que analisa como se dá a separação de um casal. Desde o início do namoro, as diferenças nas concepções de mundo, a questão do emprego feminino e os compromissos com o casamento, perpassando pelas relações de família, formação cultural. Analisa também como cada casal resolve suas questões financeiras e o papel da religião cristã na formação e dissolução do casal, qual a importância que esta dá aos indivíduos em detrimento de seus próprios interesses institucionais e finalmente aborda questões concernentes ao novo casamento e como lidar com os filhos que acabam sendo envolvidos inocentemente no processo de separação. O livro foi muito bem aceito no Brasil e encontra-se em processo de divulgação em todo território nacional. Agora, estamos procurando um editor nos Estados Unidos e na Europa para uma parceria de publicação e distribuição. Contém 18 capítulos com a conclusão em 158 páginas e ainda é prefaciado pelo professor doutor em sociologia e pró reitor na Universidade Estadual de Santa Cruz Elias Lins Guimarães. Os interessados podem entrar em contato em português pelo fone (73) 8825 9450, ou pelo e-mail: maik.35@hotmail.com e ainda se preferir através desse blog que é a página do autor na internet. Aguardamos contato para um parceria de sucesso.

Um forte abraços aos amigos leitores de todo o mundo.
Maik Oliveira





- outubro 23, 2012 2 comentários:
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Marcadores: business opportunity, courtship, dating, demand book publishers, divorce, marriage, new author, new book, publication, separation.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eleições, promessas e pesquisa eleitoral

As eleições, especialmente nas pequenas cidades chegaram ao fim, salvo apenas em 50 cidades que enfrentarão um segundo turno. 

A chuva e a pouca educação, principalmente a pouca educação do eleitor, deixaram as ruas sujas, em alguns pontos o tráfego de pessoas ficou quase impossível.

Mas tudo transcorreu em clima de tranquilidade, uma verdadeira festa da democracia (ou será poliarquia?) e não podia ser diferente. No entanto, essas eleições me fizeram pensar em algumas situações que compõem o cenário eleitoral.

A primeira delas e mais simples, seria as respostas das seguintes perguntas: porque se permite, em tempos de sustentabilidade que os candidatos possibilitem aos seus correligionários uma enxurrada de santinhos, adesivos, cartazes, panfletos jogados em vias públicas, especialmente no dia da eleição? Que grande diferença faz, se sabemos que o eleitor já sai de suas casas com seus candidatos definidos? O que se vê é o absurdo de um sujeira vergonhosa possibilitada por aqueles que são diretamente responsáveis pela organização pública e social, ou ao menos é candidato a isso.

Cabe ao TSE, repensar mais esta situação. Já deu um grande passo quando acabou com comícios, uso de camisetas, agora falta solucionar os problemas que a permissividade de ações inúteis ainda causa.

Outra coisa interessante para se pensar é quanto às promessas políticas. No Brasil não é permitido a fabricantes e comerciantes em geral, prometer algo ao consumidor sem que tenham condições de cumprí-la, isso é enganar quem consome e constitui propaganda enganosa, fazendo com que enganadores paguem caro por tal ato, mas, vejam só a discrepância, ao político é permitido prometer, prometer e depois de eleito, desaparecer com suas promessas, deixando o eleitor com "cara de tacho" com a sensação de que foi enganado, algo que fere sua já cambaleante dignidade.

Penso, é chegada a hora da justiça brasileira criar mecanismos que forcem os políticos a cumprirem suas promessas, sob pena de se assim não o fizerem, serem inseridos na relação dos "fichas sujas", tornando-os inelegíveis.

Deixar essa cobrança nas mãos do eleitor é, até certo modo, injusto, pois a maioria dos eleitores não recebe em sua formação educacional, conteúdo suficiente para observar de modo crítico as questões sociais. Se para o comerciante é crime, por que não pode ser também para o político que é responsável entre outras coisas, de criar leis que regulem a vida social, visando a qualidade de vida da população?

Por fim, algo que tem me chamado a atenção, especialmente nessas duas últimas eleições. O trabalho dos chamados Institutos de Pesquisa de opinião tem sido duramente questionado.

Ultimamente tem aparecido no mercado, uma gama de pseudos pesquisadores atraída pela grana que esta atividade pode render, que tem apresentado resultados no mínimo passíveis de desconfiança. Só em Itabuna, foram publicados na reta final da campanha eleitoral, cinco pesquisas, cada uma com resultado diferente.

Cada uma dessas pesquisas dava como certa a vitória de um determinado candidato, e o pior, foram massificados na população com uma parcialidade infame. Me parece que não há um trabalho de fiscalização mais apurado dos órgãos competentes, para que este tipo de prática seja coibida.

A pesquisa de opinião deve ter como principal objetivo dar informações para que o cidadão faça uma análise do que ocorre ao seu redor. Ela não pode, sob hipótese alguma, pretender interferir no processo eleitoral.

O que fica à berlinda é o trabalho dos estatísticos, que claro, há profissionais sérios nessa área, o que nos deixa indignados é que existem muitos charlatões atuando na área, e esses, não entendem profundamente questões basilares na pesquisa de opinião e por isso mesmo, o fazem para atender apenas o lado que lhe interessa.

Em Salvador, por pelo menos duas vezes nas últimas eleições, vimos equívocos com relação ao resultado das pesquisas. Na primeira eleição de Wagner para governador, as pesquisas indicavam vitória em primeiro turno de Paulo Souto. Já agora, nessas eleições de 2012, as pesquisas indicavam vitória de Pelegrino para prefeito da capital. Nas duas, os resultados foram contrários ao que a pesquisa apontava.

Sabemos que um pesquisa de opinião não pode ter a pretensão de ter 100% de acerto, mas ela deve ter o compromisso moral de trabalhar e tratar os dados de modo científico e precisa ter compromisso com a ética e a imparcialidade.

Do modo como vem acontecendo, surge a dúvida: para quem esses tais pesquisadores estão a serviço? Da ciência ou do poder financeiro e político que os contratam? É necessário ainda muitas mudanças para que o processo eleitoral se aproxime de fato da tão sonhada democracia.
- outubro 08, 2012 12 comentários:
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domingo, 9 de setembro de 2012

EIS QUE SE CONSOLIDA O NEOADVENTISMO! A "NOVA SEMENTE"

Fachada da nova Igreja Adventista do Sétimo Dia
 "Nova Semente", acima, o símbolo da igreja tradicional.
Recentemente, quando voltava da universidade, um amigo de longas datas me ofereceu carona, que claro, aceitei. Afinal, economizar é uma missão de cada universitário que depende, por exemplo, do transporte público.

No trajeto, falamos dos velhos tempos, perguntei-lhe sobre seus familiares e finalmente, sobre a igreja da qual faz parte e da qual também, um dia fui membro atuante.

Foi quando ele me fez uma pergunta que me deixou curioso: você já ouviu falar da Nova Semente? Eu respondi que não, estava tão desatualizado desse mundo sacro, que emendei umas perguntas: é o que? Mais uma denominação protestante chegando à cidade? Você está deixando sua igreja antiga?

A resposta dele foi intrigante: “não, é o nome da nova congregação Adventista do Sétimo Dia que está sendo construída em uma área nobre da cidade!” Fiquei em silêncio por alguns instantes, sem entender direito o que estava ouvindo, depois pedi que me falasse mais sobre aquilo tudo. Ele foi me explicando que a tradicional Igreja Adventista do Sétimo Dia estava com uma nova proposta de evangelização, decidiram que, se quisessem ganhar a chamada classe “A” da sociedade brasileira, deveriam dar uma nova roupagem no seu modelo de culto, suas músicas, suas pregações, a estrutura física do templo e por aí vai.

Para mim foi um desses momentos em que pude perceber como o estudo das ciências sociais é importante, especialmente, neste caso, a sociologia. Esta ciência consegue quase que instantaneamente nos situar diante de uma notícia destas, especialmente quando você conhece toda a proposta de um grupo social, que é o meu caso, pois durante muito tempo conheci de perto a organização Adventista do Sétimo Dia.

Para entender essa “nova roupagem” da fé Adventista, é necessário mergulhar um pouco no mundo pentecostal e entender como surgiu o neopetencostalismo, especialmente no Brasil.

O sociólogo Ricardo Mariano, pesquisou durante muito tempo esses movimentos religiosos no Brasil, e, em seu livro “Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil”, Edições Loyola, 1999, ele analisa que no Brasil da década de 1930 em diante, os pentecostais enfatizavam que sua proposta era ajustar e integrar uma classe social que estava, muitas vezes à margem do desenvolvimento do país, vivendo com baixos salários, em péssimas moradias e condições de saúde para lá de temerosas.

Neste tempo, no Brasil, acontecia um grande fluxo migratório de famílias que saiam da zona rural para os centros urbanos, muitas vezes iletrados, sem profissão que fosse útil na cidade, ou que ao menos garantisse um salário mais digno, somando ao rápido processo de urbanização destas cidades, para os pesquisadores, isto muito favoreceu o êxito pentecostal no que pode ser chamado de contexto urbano-industrial.

E quais eram as suas poderosas armas? Solidariedade entre os irmãos de fé, auxílio mútuo, ressocialização, reorientação de conduta concomitante com a revisão de seus valores e sua interpretação de mundo que agora, deveriam estar de acordo com preceitos bíblicos impostos pela comunidade sectária. Uma situação que implicava em o individuo levar uma vida fortemente contracultural, sectária e ascética, algo como rejeição e desvalorização do mundo, o que fez com que, como nos indica Weber, quando se refere ao mundo como habitat de todos os homens e que, portanto, estão sujeitos a todas as suas tentações, os indivíduos pentecostais para se ver “protegidos” deste  mundo, criaram para si, verdadeiros mosteiros (igreja e casa) e neles se fechando, saindo apenas para trabalhar, para ganhar o pão.

Isto, que durante os primeiros 40 anos do pentecostalismo não representava problema algum, uma vez que seus membros eram na grande maioria, oriundos das camadas mais pobres da sociedade e, por isso mesmo, acostumados com uma vida simples.

A partir de meados dos anos 1970 esse modus vivendi passou a ser um entrave no crescimento e desenvolvimento do pentecostalismo no Brasil. Membros destas igrejas ascéticas perceberam que, em um mundo capitalista, em uma sociedade de consumo, continuar exigindo que os fiéis se distanciassem das boas coisas que o mundo oferece, como conforto, riqueza, lazer, moda, ritmos e cores, achando que isto tudo é tentação e pecado, não era saudável para o seu propósito de crescimento no país, a partir deste momento e a partir da releitura estadunidense da religião pentecostal, surge e desenvolve-se de modo explosivo o neopentecostalismo no Brasil, que como escreveu Mariano (1999: 221) “transformou as tradicionais concepções pentecostais acerca da conduta e do modo de ser do cristão no mundo”.

Para o neopentecostalismo, ser cristão tornou-se o meio primordial para permanecer liberto do Diabo e obter prosperidade financeira, saúde e triunfo nos empreendimentos terrenos, ou seja, manter uma boa relação com Deus passou a significar o mesmo que se dar bem na vida.

A diferença então do crente pentecostal para o crente neopentecostal para encurtar nosso papo, é que, o primeiro grupo continua com uma postura tradicional sectária e ascética, embora já com certas permissividades, enquanto o segundo grupo passou a estabelecer sólidos compromissos com o mundo, com seus valores hedonistas, com seus interesses materialistas e com seus prazeres.

Veja, no entanto que, o neopentecostalismo não abriu mão totalmente das vertentes pentecostais, continua com suas funções nomizadoras e mantém ferrenha luta contra o Diabo, contra a carne e o mundo. Mas é inegável que o fervor apocalíptico desses religiosos esfriou, embora continuem acreditando no segundo advento do Cristo, quando acreditam que serão arrebatados aos céus para viver eternamente com Deus.

Voltando então à “nova roupagem adventista” com sua Nova Semente”, o que vemos, ao observar o que acontece no seio da igreja, é que, com o rápido desenvolvimento da tecnologia, permitindo que o conhecimento se alastre de forma veloz e fácil, com o despertar das pessoas, especialmente membros de uma igreja que tem características ascéticas e fundamentalistas, e que se tornaram críticos e exigentes, a própria sociedade brasileira com sua nova classe média tendo acesso mais fácil a processos de conhecimento coloca na berlinda determinadas formas de pensar e liderar.

A igreja então se viu num momento semelhante ao pentecostalismo dos anos 1970, estagnou-se apesar dos esforços evangelísticos empreendidos, basta analisar o resultado do último senso do IBGE, como o crescimento do adventismo no Brasil chegou às raias da insignificância, em algumas regiões chegou mesmo a regredir.

Ficou claro para a liderança desta igreja, que se manter distante da nova realidade social é o mesmo que assinar um atestado de óbito. No entanto, como mudar organicamente uma igreja secularmente tradicional e fundamentalista? Ou seja, era de fato, um beco que aparentava sem saída.

Se causaria escândalo implantar dentro de uma instituição com estas características um novo modelo e uma nova concepção de adoração a Deus, fazer isto de modo paralelo, poderia ser menos danoso e com isso surge, com status de salvadora da pátria, com um nome bastante sugestivo a “Nova Semente”, que na compreensão sociológica nada mais é do que o neoadventismo.

Mas notem, no caso do neopentecostalismo ele não surgiu coexistente com o pentecostalismo. Não no sentido tempo e espaço, ele surgiu de dissidentes que perceberam: o modelo pentecostal de praticar religião não conseguiria manter na nova realidade social, seu crescimento avassalador como foi nos anos 1930-70. Mas no adventismo, o neoadventismo surge de modo orgânico, e por isso é estranho e causa confusão em boa parte de seus membros, muitos deles nascidos e crescidos no sistema tradicional, ou seja, não é simples para estes membros aceitar que nesta nova Igreja Adventista, haverá um nível de liberalidade nunca antes visto na história da igreja, pelo menos no Brasil, e principalmente, a proposta de ser uma congregação destinada para a classe “A” da sociedade, isto é demais para membros que cresceram acreditando em um Deus que não faz acepção de pessoas e que não está interessado em suas riquezas mas sim, em seu coração. Ainda que a liderança diga que esta é uma experiência evangelística inovadora e importante para a própria manutenção da igreja no sentido de existência.

Trocando em miúdos, se analisarmos de modo biológico, como fez Durkheim ao buscar entender o funcionamento da sociedade, a igreja “Nova Semente” é andrógena, uma vez que faz parte da igreja tradicional, mas ao mesmo tempo nega, ou ao menos, esconde sua origem, fazendo muitas coisas contrárias ao tradicionalismo. Diremos então que há aí uma esquisitice.

Se trocarmos mais em miúdos ainda, esta nova identidade adventista se vale do engodo, a primeira, e é triste só em pensar, a de deixar evidenciado para seus quase 30 milhões de membros ao redor do mundo, membros estes tradicionais, que tudo que viram e ouviram ao longo de suas vidas foi um equívoco, na verdade a verdadeira forma de se adorar a Deus é esta que agora é apresentada, ou seja, foram enganados.

A segunda, não menos negativa é que os novos membros ricos que farão parte da “Nova Semente” serão posteriormente encaminhados para o formato de culto tradicional, modelo que a igreja acredita, é a verdadeira forma de adorar a Deus, ou seja, também serão enganados...bom, é melhor dizer: catequizados!

Do ponto de vista da sociologia, os líderes da Igreja Adventista precisam tomar muito cuidado, pois a depender de como a ideia chega aos seus membros, pode surgir na sociedade, pelos menos entre os fiéis adventistas, um caso de apartheid religioso protestante escancarado numa sociedade de desigualdade social. Quando é possível pensar no quadro que se pinta: “igreja para rico” X “igreja para pobre”.

Bom, para mim, fica aquela certeza impávida, nosso bom e velho Max Weber tinha razão quando escreveu: “Do ut dês é o dogma fundamental, por toda parte. Esse caráter inere à religiosidade cotidiana e das massas de todos os tempos e povos e também de todas as religiões. O afastamento do mal externo e a obtenção de vantagens externas, ‘neste mundo’, constituem o conteúdo de todas as ‘orações’ normais, mesmo nas religiões extremamente dirigidas ao além’ (Weber, 1991:293).

E para fechar, um texto publicado pelo jornalista José Simão, na Folha de São Paulo em 1/10/1991. “E a melhor piada do fim de semana foi a do Chico Anysio na ‘Escolinha do Professor Raimundo’. Um cara tava na frente de uma dessas igrejas de crente e a mulher falou: entre, meu irmão. E o cara responde: ‘não posso, tô duro’”.

Definitivamente, no olhar dos teólogos modernos, mais do que nunca, Deus é cada vez mais capitalista! E ele tem preferência pelos endinheirados, tanto que os trata bem melhor que os pobres coitados. É como dizia Salomão: “Tudo é vaidade”.
- setembro 09, 2012 25 comentários:
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QUEREMOS UM ESTADO A SERVIÇO DO POVO

Reprodução da carta do movimento “Grito dos/as excluídos/as” do último 7 de setembro em Itabuna-Bahia.

 
Em primeiro lugar, este não é mais um panfleto de candidato à próxima eleição por isso, pedimos. Leia até o final.

Este ano aproveitamos o momento do Grito dos Excluídos - 07 de setembro, para denunciar e exigir que providências sejam tomadas no sentido de conter o aumento assustador da violência e da corrupção na cidade de Itabuna. É uma tristeza imensa para todos os cidadãos itabunenses, figurarmos sempre na mídia nacional como uma das cidades mais violentas do Brasil. Aqui, faltam políticas sociais efetivas por parte do poder público e ações concretas de combate à violência por parte do governo baiano.
Nossa cidade tem registrado mais de 200 homicídios por ano, o que, para alguns especialistas no assunto, é índice de cenário de guerra, superiores inclusive aos registrados atualmente na Síria, país envolvido em uma guerra civil.

As causas da violência em Itabuna são inúmeras. Mas podemos apontar como principais as seguintes: falta de emprego e oportunidade para os mais jovens, consumo e tráfico de drogas, sobretudo o “crack”, desagregação familiar, falta de políticas públicas com foco na socialização dos jovens por meio da cultura, do esporte, e do lazer. Diante desse cenário somos desafiados a refletir e agir frente à violência que tem afetado de maneira devastadora grande parte da sociedade brasileira, sobretudo a juventude, que se vê vulnerável em uma estrutura social de desigualdades.

A situação caótica da saúde no município também nos assombra, esta convive sem investimentos que venham garantir a dignidade no atendimento à população, o constante jogo de acusação (Governo municipal x Governo estadual) sobre os recursos, sobre a gestão plena, piora mais ainda o atual quadro de descaso contra a população que necessita por exemplo, recorrer ao Hospital de Base em busca de atendimento. Reivindicamos o direito a saúde para todos os itabunenses, com qualidade no atendimento, respeito aos profissionais e investimentos de 10% do orçamento da união para a saúde pública. Gritamos não ao sucateamento e a privatização dos serviços públicos. Queremos um Estado a serviço do povo e não do mercado que visa unicamente o lucro.

As recentes greves dos servidores públicos, em especial dos professores que durou 115 dias, deixaram muito claro como o executivo baiano trata os direitos dos cidadãos (ãs). A falta de docentes e as péssimas condições de trabalho, salários defasados, autoritarismo e a falta de sensibilidade nas negociações, toda essa situação nos mostra a inexistência de uma política pública estadual para um setor que, sem a devida atenção, contribui com o alto índice de analfabetos – 1,7 milhão – e a grande evasão escolar no Estado. E mais uma vez o grande prejudicado é a juventude do nosso município e do Estado.

Não é possível também permitir a continuidade do quadro de corrupção que se instalou no município capitaneado em especial pela Câmara de Vereadores constantemente denunciada por esta prática maléfica e incentivada pela sensação de impunidade que hoje vem acontecendo: o envolvimento de vereadores em uma rede de fraudes em processos licitatórios que tinham como objeto a contratação de serviços para o legislativo, a adulteração de contracheques de servidores que pretendiam obter empréstimos junto aos bancos. Essa corrupção se alastra e atinge outros setores da sociedade itabunense por conta da impunidade, uma vez que um conceito está amarrado ao outro.

Os blogs, os sites, os informativos e a imprensa em geral, têm denunciado constantemente as mazelas da Câmara de Vereadores e o descaso do poder público com a segurança pública, já que Itabuna bate recordes de assaltos e assassinatos a cada dia. Mas, providências concretas, não são tomadas. É sempre aquele jogo de empurra-empurra (Município – Estado- União) e o povo continua sendo prejudicado.
Estamos aqui para gritar: “queremos um Estado a serviço do povo – chega de violência e corrupção em Itabuna”. Junte-se a nós e grite também pelos seus direitos.

Itabuna (BA), Avenida Cinquentenário – 07 de setembro de 2012.

Assinam este Manifesto: Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Santa Cruz, Comunidades Eclesiais de Base, Comissão Pastoral da Terra, Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas,  Conselho de Cidadania Permanente, Conselho Indigenista Missionário, Encantarte, Grupo de Mulheres do Parque Boa vista, Levante Popular da Juventude, Movimentos Cursilhos.
- setembro 09, 2012 Nenhum comentário:
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A justiça é verdadeiramente cega? Eliana Calmon é substituída no Conselho Nacional de Justiça

No melhor estilo "faça o que eu mando mas não faça o que eu faço", o Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, substituirá a corregedora Eliana Calmon, a única que nas últimas décadas teve a coragem de contestar o modelo de "justiça" praticado no país e escancarou para todo o país e o mundo, suspeitas falcatruas que acontecem nas entranhas do Poder Judiciário. Esse episódio deixa claro, mais do que nunca, como a justiça brasileira está a serviço de uma minoria. Mais uma vergonha para o Brasil. E ainda dizem que a justiça é cega.

Corregedora deixa CNJ sem conseguir processar juízes

Em sua despedida do cargo de corregedora nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon fracassou ontem na tentativa...

Do Estadão

Em sua despedida do cargo de corregedora nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon fracassou ontem na tentativa de abrir processos contra juízes e desembargadores suspeitos de envolvimento com omissões, irregularidades e atos de corrupção. Tida como rigorosa, Eliana será substituída amanhã, na Corregedoria, pelo ministro Francisco Falcão - também lotado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Dez pedidos de vista feitos por integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) interromperam o andamento de processos que já estavam prontos para serem julgados. Eles se referiam a suspeitas, por exemplo, de incompatibilidade de rendimentos com o patrimônio de magistrados. Os novos casos serão assumidos pelo futuro corregedor-geral, Francisco Falcão, empossado ontem.
Em um desses casos, Eliana disse que um desembargador de Mato Grosso do Sul não conseguiu dar explicações plausíveis para sua movimentação patrimonial, entre 2003 e 2008, com créditos de R$ 33 milhões.
Em outra investigação, Calmon defendeu a abertura de processo contra um desembargador de Roraima suspeito de várias irregularidades, como aquisição de bens incompatíveis com a renda e nomeação de filhas para cargos em comissão no Executivo.
Também foi adiada uma decisão sobre pedido de apuração de suposta omissão do ex-presidente do TJ do Rio, Luiz Zveiter, em conceder escolta à juíza Patrícia Acioli. A magistrada foi assassinada há um ano em Niterói. O adiamento foi pedido pelo advogado do desembargador, Márcio Thomaz Bastos.
Em seus dois anos como corregedora, Eliana Calmon desentendeu-se com vários integrantes dos tribunais. Um desses casos ocorreu no ano passado e envolveu o então presidente do STF, Cezar Peluso. Dias antes, Eliana tinha dito que havia "bandidos de toga" no Judiciário.
Ao despedir-se, ela afirmou que teve a oportunidade de "conhecer as entranhas do Judiciário". Destacou o fato de ter conseguido fazer uma inspeção no TJ de São Paulo.
"Decidi calçar as botas do soldado alemão e ir a São Paulo fazer a inspeção. Daquele dia em diante, coisas destravaram lá dentro", declarou. "Na parte disciplinar fui duríssima", disse ao fazer um resumo de sua gestão.
- setembro 05, 2012 Nenhum comentário:
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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Formação superior: aprendendo a fazer ou reproduzindo o que já foi feito?

Oi gente!
Não é fácil chegar a uma reta final. Depois de um longo período nas cadeiras de uma universidade, ouvindo discursos e mais discursos, nós mesmos empreendendo alguns, chegar ao último semestre, vésperas de despedida da vida acadêmica, pelo menos nessa primeira fase dela, é algo que muito nos alegra, mas, também, nos faz refletir. E quando assim fazemos, alguns questionamentos surgem imediatamente: aprendemos o que nos foi dito e repetido inúmeras vezes, através de aulas expositivas, seminários e cansativas leituras? Seremos protagonistas a partir de agora ou repetidores de teorias antigas  e extremamente vasculhadas por tantos e tantos que estiveram ali antes de nós? O que este grande número de páginas lidas, estudadas, resenhadas, criticadas poderá colaborar para nos fazer pessoas diferenciadas em uma sociedade já brutalmente heterogênea em amplos sentidos? São perguntas que imediatamente nos fazem olhar para trás e pensar: como conduzi ou foi conduzida a minha formação nesse espaço acadêmico? Como foi minha relação com a instituição, com os professores, com os colegas, com as disciplinas? Passiva diante do que foi colocado para mim, ou ativa diante das dúvidas que surgiam no cotidiano? Como me portei diante da possibilidade de adquirir e produzir conhecimento? Conservador-regressivo no sentido de não correr riscos e dar-se por satisfeito em repetir o que já foi posto? Ou reformista -progressista no sentido de buscar algo novo, o inédito, com o objetivo claro como vimos em Movimentos Sociais de contribuir para melhorar a estrutura acadêmica com a qual convivemos? Ou será que nos contentaremos com aquela máxima onde não importa o que penso, mais vale o que o teórico “fulano de tal” de um século remoto afirmou?

Recebi um texto enviado pelo professor Nelson Tomazi e que também está no Facebook que remete a estas questões. Intitulado "Coronelismo Intelectual" autoria da filósofa Marcia Tiburi e que foi publicado inicialmente na Revista Cult, no portal UOL, que vale muito a pena lermos. Tantos os colegas que iniciam sua reta final neste semestre como para os colegas que seguem seu caminho rumo à conclusão de um curso que aprendemos a gostar e que sem dúvida alguma, pode muito contribuir para que sejamos pessoas ainda melhores, pois penso, é isto que buscamos. Como também, aos docentes, responsáveis para nos indicar o caminho do conhecimento e que também, algumas vezes, eles mesmos caem na tentação de continuar reproduzindo uma educação retrógrada, bancária, onde o estudante não consegue ser protagonista, é apenas um aluno, no sentido etimológico da palavra, “sem luz”. Boa leitura e boa reflexão para tod@s!

Eis o texto:

Podemos chamar de “coronelismo intelectual” a prática autoritária no campo do conhecimento. Este campo é extenso, começa na pesquisa científica universitária e se estende pela sociedade como um todo, dos meios de comunicação ao básico botequim onde ideias entram em jogo.
Coronelismo intelectual é a postura da repetição à exaustão de ideias alheias. A reflexão só atrapalharia, por isso é evitada.
Encarnação de prepotente eloquência, o paradoxo do coronelismo é alimentar uma ordem coletiva de silêncio em que o debate inexiste, o culto da verdade pronta ou da ignorância é a regra, bem como a apologia ao gesto de falar sem ter nada a dizer, que culmina no discurso tão vazio quando maldoso da fofoca, versão popular do eruditismo.
Não há muita diferença entre a mesa de bar e a mesa-redonda dos acadêmicos parafraseando qualquer filósofo clássico apenas pelo amor ao fundamentalismo exegético.
Enquanto todos falam sem nada dizer, ajudados pelo jornalista que repete o que se entende pela sacrossantificada “informação”, mercadoria da contra-reflexão atual, os coronéis podem comentar que os outros é que não sabem nada e praticar o “discurso verdadeiro” em seus artigos estilo “mais do mesmo”, moedinha cadavérica com que se enche o cofrinho das plataformas de medição de produtividade acadêmica em nossos dias.
O coronelismo intelectual infelizmente segue forte na filosofia e nas ciências humanas, na verdade dos especialistas, tanto quanto na dos ignorantes que se separam apenas por titulação ou falta dela. Professores e estudantes, sábios e leigos, todos se servem metodologicamente dos frutos dessa árvore apodrecida. A prática do pensamento livre que se autocritica e busca, consciente de sua inconsciência, seu próprio processo de autocriação talvez seja a contraverdade capaz de cortá-la pela raiz.
Intelectual serviçal
Eis a cultura do lacaio intelectual, do bom serviçal sempre pronto à reprodução do mesmo. Nela, a boa ovelha especialista em assinar embaixo as verdades do senhor feudal que um dia as emitiu num ritual de sacralização já não é fácil de distinguir do lobo. A semelhança entre o puxa-saco, o crente e o líder paranóico que o conduz revela a verdade do mimetismo. Os seguidores dos líderes, de rabinho entre as pernas, latem para mostrar que aprenderam bem o refrão.  Abanam as asas ao redor da lâmpada esperando que ela também fique onde está, do contrário não saberiam o que fazer.
As consequências do coronelismo em um país de antipolítica e anti-educação generalizadas como este é algo ainda mais grave do que o medo de pensar. É o fato de que já não se pensa mais. A ausência de debate não é medo de expor ideias, mas a falta delas. Inação é o corolário da impossibilidade de mudar, porque o campo das ideias onde surge a vida já foi minado. O coronel ri sozinho da impossibilidade de mudanças, pois ele ama a monocultura enquanto odeia o cultivo de ideias diferentes ou de ideias alheias. O autoritarismo intelectual não é feito apenas de ódio ao outro, mas da inveja de que haja exuberância criativa em outro território, em outra experiência de linguagem. Conservadorismo é seu nome do meio.
Coronelismo não é simplesmente a zona cinzenta onde não podemos mais distinguir o ignorante do culto, mas a política generalizada introjetada por todos – salvo exceções – pela letal dessubjetivação acadêmica da qual somos vítimas enquanto algozes e que, no campo do senso comum, surge como robotização e plastificação das pessoas entregues como zumbis aos mecanismos do nonsense geral, que, é preciso cuidar, deve ser aparentemente desejável pela liberdade de cada um.
Contra a escravidão intelectual somente um contradesejo pode gerar emancipação. A prática da invenção teórica, a liberdade da interpretação e de expressão nos obrigam a ir contra os ordenamentos da ditadura micrológica do cotidiano, em que a lei magna reza o “proibido pensar”. A direção, como se pode ver, parece que só se encontra, atualmente, no desvio dos caminhos dados.
- agosto 14, 2012 Nenhum comentário:
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