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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Queremos nos comunicar com o mundo

"Cinco horas da manhã, você quer ligar pro "boi", escolha a operadora..." é, mas sequer o "boi" recebe ligações em São João do Paraíso, distrito da cidade de Camacan no sul do estado da Bahia, lá definitivamente não há sinal, em se tratando de telefonia é um atraso só. Talvez pensemos, mas esse não é problema apenas daquela localidade, muitas cidades no Brasil também não possui sinal de telefonia móvel, mas a questão é: Porque? As empresas de telefonia levam muito a sério esse negócio de só fazer investimentos quando as possibilidades de lucros sejam as melhores possíveis, por isso não se interessam em investir em cidades onde a renda per capita é baixa e o fluxo de ligações consequentemente segundo dizem as empresas do ramo "não justificam o investimento". São João do Paraiso fica a cerca de 100km de Itabuna, seguindo direção sul, sentido Eunápolis, Teixeira de Freitas, Espírito Santo. Esse pequeno distrito urbano do interior baiano possui cerca de 10.000 habitantes, que são ignorados pelas principais operadoras de telefonia móvel do país. Essa semana os moradores resolveram protestar, fecharam a rodovia que corta a cidade nos dois sentidos, atearam fogo em pneus e centenas de moradores ocuparam a pista gritando: "queremos nos comunicar com o mundo". Infelizmente essa obsessão por lucros exorbitantes por parte das operadoras, conduz uma imensa quantidade de pessoas ao isolamento. Para as multinacionais da telefonia, o povo de São João do Paraíso são culpados, tem culpa por morar em um local pequeno às margens de um rodovia, tem culpa por ganhar muito pouco e não ter condições de fazer recargas e nem possuir celulares pós-pagos, os moradores desse distrito tem culpa porque o poder público não investe na cidade e por essas culpas, ficam ali, isolados do mundo, não podem ligar para parentes, nem amigos, não tem acesso à internet de qualidade, não tem direito às tecnologias comuns do mundo moderno. Quando Benjamin Franklin, um dos líderes da independência americana disse que "ganhar dinheiro dentro da ordem econômica é, enquanto isso feito legalmente, o resultado da expressão da virtude e da eficiência de uma vocação" , surge um capitalismo avassalador, um sistema econômico vocacionado para o alto lucro, que a cada momento mostra a sua face predadora, quando boa parte dos que tem dinheiro e poder abandona conceitos sociais, de benefício ao cidadão e passa a olhar apenas para seu bolso, seus lucros, sua riqueza. Não é pouco, com certeza não é, os lucros que as operadoras conseguem ano a ano no Brasil. Em 2009 trabalhei para uma operadora de telefonia móvel, seu proprietário, um mexicano que na época já figurava entre os 10 homens mais ricos do mundo, na ocasião pude ver como funciona a batalha por cifras cada vez maiores, a guerra desenfreada entre os concorrentes, as injustiças praticadas contra usuários e colaboradores, sabem que estão no poder, que tem o dinheiro, e por saber disso ignoram contratos antigos, firmam novos contratos unilaterais, onde o maior beneficiado são eles mesmos e por ai vai. Bem no estilo Lady Kate (tou pagaaaando!!). Não se pode achar que o fato de não disponibilizar sinal para cidades pequenas é pela falta de lucro, não, claro que não, lucro terão, mas consideram que é pequeno demais e por isso, avisam aos moradores daquele lugar, não adianta acordar muito cedo para ligar pro "boi", definitivamente não vai ter sinal mesmo, nem tente escolher uma operadora, porque certamente você não poderá travar esse diálogo: Oi Tim, você está Vivo Tim responde: Clarooooo, mas não tou te ouvindo direito, tá falhand...............

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