A greve da Polícia Militar na Bahia chega ao seu 6º dia e com ele uma grande sensação de insegurança por parte da sociedade baiana, sociedade esta, que com seus impostos paga pelo direito de ir e vir com segurança. O governador se mostra irredutível a atender as reivindicações dos policiais que, em minha opinião, são justas. Não é mole sair de casa, e arriscar a vida, principalmente porque as condições de trabalho, como é sabido por toda a sociedade, chegam a ser vergonhosas, os poucos e ineficazes equipamentos utilizados, carros que falta gasolina e sem manutenção adequada, enfrentar bandidos que muitas vezes dispõem de armamentos muito mais poderosos, tudo isso acompanhado de um salário que não dignifica o profissional em segurança pública, não dá para fechar os olhos para esta situação.
Por outro lado, não justifica ações de cunho criminoso por parte dos policiais, apregoarem o terror, tomarem posse indevidamente de equipamentos públicos, deixar de cumprir determinação da justiça, onde uma greve só é legitima com a manutenção de 30% do contingente em atividade, tais ações negativas tiram do movimento de greve, a legitimidade e um apoio essencial para a conquista de suas reivindicações, o da sociedade. É só parar para pensar um pouco, já é alto o verão, aproxima-se o carnaval, os problemas de segurança pública que já vem sendo enfrentados pelas principais cidades baianas, a própria sensação de insegurança provocada pela ausência de policiais nas ruas e o ano eleitoral já são ingredientes mais que suficientes para fazer com que a pressão popular recaia sobre o governador. Não é necessário então, que policiais dos quais se espera equilíbrio, inteligência, capacidade de decisão, cometa delitos os quais eles mesmos combatem na população comum, pensando, erroneamente, que isso forçará o governo a atender suas petições. Atitudes como essas podem ser classificadas, com licença do trocadilho, "um tiro no pé", basta abrir os olhos e perceber que a opinião pública que no início do processo de greve, reconhecia como justo o pleito, agora critica veementemente o comportamento dos grevistas e já se divide entre apoio ao governo e aos policiais militares.
Por outro lado, não justifica ações de cunho criminoso por parte dos policiais, apregoarem o terror, tomarem posse indevidamente de equipamentos públicos, deixar de cumprir determinação da justiça, onde uma greve só é legitima com a manutenção de 30% do contingente em atividade, tais ações negativas tiram do movimento de greve, a legitimidade e um apoio essencial para a conquista de suas reivindicações, o da sociedade. É só parar para pensar um pouco, já é alto o verão, aproxima-se o carnaval, os problemas de segurança pública que já vem sendo enfrentados pelas principais cidades baianas, a própria sensação de insegurança provocada pela ausência de policiais nas ruas e o ano eleitoral já são ingredientes mais que suficientes para fazer com que a pressão popular recaia sobre o governador. Não é necessário então, que policiais dos quais se espera equilíbrio, inteligência, capacidade de decisão, cometa delitos os quais eles mesmos combatem na população comum, pensando, erroneamente, que isso forçará o governo a atender suas petições. Atitudes como essas podem ser classificadas, com licença do trocadilho, "um tiro no pé", basta abrir os olhos e perceber que a opinião pública que no início do processo de greve, reconhecia como justo o pleito, agora critica veementemente o comportamento dos grevistas e já se divide entre apoio ao governo e aos policiais militares.
A força policial é o braço legitimado do governo, para o uso, se necessário, até da violência para a manutenção da ordem pública, esta que é o principal motivo da existência da Polícia Militar, se é tão importante para o governo, deve ser reconhecido como tal, e o reconhecimento passa por um salário digno e boas condições de trabalho, condições basilares para o bom andamento do processo, não olhar desta forma para a força policial, penso ser de uma tremenda insensatez por parte do governo. Reivindicar esses direitos por sua vez, é algo que não se pode negar, nem condenar, existe, no entanto, meios legais e elementos mais do que suficientes e eficazes, como já foi dito, para pressionar o governo. Transformar a possibilidade de uma greve legítima em motim é uma tremenda irresponsabilidade, ou, quem sabe, prova nas ações irresponsáveis, o que a sociedade tanto infere, nossos policiais são despreparados até para reivindicar seus direitos.
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Foto: Radar Notícias |
Há uma faixa na entrada no 15º batalhão em Itabuna que diz “a Policia Militar parou, o furacão adormecido acordou”, mas vai uma pergunta: que furacão que estava adormecido? Se pensarmos na violência em Itabuna, ela está acordada, já faz muito tempo, e dançando, e pintando de vermelho as ruas da cidade, assustando a população, dando trabalho aos coveiros do Campo Santo, mesmo com a Polícia Militar em movimento não acham? Nossos policiais, são indispensáveis, fazem muita falta, isso é inegável, mas há muito que melhorar, e não é apenas no salário, disto, estejam certos.