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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Jovens, negros, pobres e usuários de drogas - perfil das 180 pessoas assassinadas na Bahia durante a greve da PM

Balanço preliminar da Secretaria de Segurança Pública da Bahia aponta que, no período da greve parcial da Polícia Militar no Estado, entre a noite de 31 de janeiro e a noite de sábado, ocorreram 180 homicídios na região metropolitana de Salvador - 111 na capital e 69 nos demais municípios.

A média diária de homicídios na região, de 15, foi mais que o dobro do que a registrada nas semanas anteriores à paralisação, de 6,7 por dia, e levou o mês a ser o fevereiro mais violento já registrado na região, apesar de ainda estar chegando à metade. O maior índice para fevereiro inteiro, registrando anteriormente, havia sido em 2010, com 172 assassinatos. No domingo, primeiro dia após o fim da paralisação, foram registrados mais três homicídios na região, dos quais um na capital.

Segundo dados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), há 'fortes indícios' de execução em 45 dos 180 casos. Entre eles, existe a suspeita de participação de policiais ou ex-policiais militares em 'de 25 a 30' assassinatos no período, segundo o diretor do órgão, delegado Arthur Gallas. Os '15 ou 20 restantes' são atribuídos a disputas entre traficantes de drogas e cobranças de dívidas do tráfico.

'Os crimes suspeitos de envolver policiais são característicos desses grupos que fazem segurança clandestina em áreas populares, a pedido de comerciantes', afirma Gallas. 'Em todos esses casos, as vítimas são jovens, negras, usuárias de drogas, sem residência fixa, com histórico de furtos e roubos nas regiões em que circulavam. Pessoas que prejudicam os negócios dos comerciantes.'

Dificuldades. De acordo com Gallas, há 'vários PMs suspeitos' de envolvimentos nos crimes, mas há dificuldades nas investigações - entre outros motivos, pela pouca colaboração dada por próprios integrantes da PM. 'As corporações têm conhecimento de muitos dos casos, mas eles são abafados, pela própria cultura dos militares', avalia.

Possíveis ligações entre os PMs suspeitos de participar das mortes e o comando grevista também estão sendo investigados. 'Ainda não temos elementos para atribuir os homicídios ao comando da greve, mas há fortes indícios, em alguns casos, da intenção de causar comoção na sociedade para pressionar o governo', afirma o Secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa.

Segundo Gallas, as dificuldades para as investigações passam pela própria estrutura do DHPP. 'O departamento é novo (foi criado no ano passado), ainda está sendo estruturado', afirma. 'Temos, entre delegados, escrivães e investigadores, pouco mais de 200 pessoas trabalhando em todo o Estado - o ideal seria pelo menos o dobro.'

De acordo com ele, desde a criação do departamento, o índice de elucidação de homicídios subiu, no Estado, de cerca de 15% para em torno de 25%. A meta, para este ano, é chegar a 40%. 'Estamos trabalhando em parceria com o Ministério Público e o Judiciário para que os inquéritos tramitem mais rapidamente, para diminuir a sensação de impunidade.'

'O que notamos foi um crescimento dos índices de criminalidade dentro da proporcionalidade (territorial) que era observada antes da greve, então temos de ter o cuidado de avaliar o que foi, de fato, resultante da paralisação', diz o secretário. 'O que é certo é que, com a greve, tivemos um campo mais fértil para a criminalidade. As apurações vão ser feitas e é claro que vamos instaurar os inquéritos.'

Rio. O secretário Maurício Barbosa, por outro lado, enaltece o trabalho do setor de inteligência da Polícia Civil da Bahia, atribuindo a ela parte do pouco impacto que o movimento grevista teve no Rio, após a paralisação na Bahia.

'O Rio se preparou em cima do que fizemos aqui', afirma. 'Veio pessoal da inteligência deles para acompanhar, porque a paralisação no Rio seria o epicentro do movimento nacional, que seguiria até Brasília. Uma parte do sucesso lá foi obtido ao se demonstrar a articulação nacional do movimento. Conseguimos abortar isso com o nosso trabalho de inteligência.'

Fonte: O Estadão

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

PM's de Itabuna aderem à greve - é notório o sentimento de insegurança em seus moradores

A farra da delinquência.
Policiais do 15º Batalhão em Itabuna, aderiram à greve oficialmente a partir desta noite, a sensação na cidade, assim como na vizinha Ilhéus, também é de insegurança, alguns estabelecimentos comerciais desde às 16h, já estavam com as portas fechadas, o proprietário de uma importande clínica, ligou em caráter de urgência para o estabelecimento para que fossem fechadas as portas e não atendesse nenhum paciente a partir daquele momento, os funcionários, por motivo de segurança ficaram confinados, à espera de parentes e amigos que pudessem buscá-los. Desde a tarde desta quinta-feira a cidade parecia em pleno feriado, ou como naqueles filmes de faroeste,desértica, poucos se arriscavam a sair nas ruas. Houve tumulto no bairro da Califórnia, ameaças de arrastão como ocorreu em Ilhéus. A polícia civil ainda fez rondas pelo centro da cidade e prendeu elementos que estavam em um veículo corsa com os bolsos abarrotados de cédulas de 100 reais, provavelmente fruto de algum roubo. No bairro de Fátima, uma pessoa foi baleada e o SAMU, por não ter acompanhamento policial se negou a fazer o socorro, a vítima foi conduzida ao hospital com o auxílio de populares. Nesta noite de quinta-feira,boa parte das padarias da cidade se negaram a abrir as portas, bares e lanchonetes da já tradicional noite grapiúna também não funcionaram, o shopping Jequitibá já havia sido vítima mais cedo em algumas de suas lojas. O sentimento de insegurança é algo horrível,limita nossas ações, confina, e nos deixa com a certeza de que a liberdade não é algo que se constrói apenas e a partir da nossa individualidade, mas baseia-se na coletividade, nas respostas às nossas ações que vem de outros, da alteridade, a liberdade de ser e viver é um conjunto de interações interdependentes, que dizem respeito ao respeito aos direitos alheios, é a prática de uma máxima kantiana que diz: o meu direito começa onde termina o seu.

Greve, arrastão, assalto em ônibus e assassinato em Ilhéus: a polícia decretou greve! E o caos reina.


Greve da Polícia Militar - insegurança em Ilhéus.
A Polícia Militar decretou greve em Ilhéus e a cidade se encontra em situação caótica. Agora à pouco um colega do curso de Ciências Sociais da UESC me ligou, pedindo para que eu não vá à universidade hoje, não valeria à pena pelo risco que estaria correndo. No bairro do Malhado, houve arrastão, lojas foram assaltadas, pessoas nas ruas tiveram seus pertences roubados. Na região de São Domingos, segundo outra colega do curso, duas casas foram invadidas em plena luz do dia, segundo ela, um taxista foi assassinado. Nesse momento há notícias de que em todos os bairros há ação delinquente dos marginais que se aproveitam da ausência de policiais nas ruas. A coisa está muito ruim pelas bandas da nossa cidade vizinha. Hoje eu teria que apresentar um seminário para obtenção do quarto crédito da disciplina Antropologia dos Grupos Afros e não sei como vai ser, estou neste instante aguardando contato do restante da turma, do meu colegiado e pronunciamento da universidade para saber se as aulas serão canceladas no dia de hoje. Há notícias de que também os ônibus coletivos de Ilhéus vão parar, pois estão acontecendo inúmeros assaltos e a coisa tende a piorar no cair da noite. A solicitação por parte da cúpula da Polícia Militar no município é que as pessoas não saiam de suas casas para evitar o pior. Por mais que se critique a atuação da polícia, sua truculência,suas práticas de abordagem às vezes muito questionáveis,são em momentos como esses que se tem a dimensão de como dependemos desse braço do Estado na manutenção da órdem pública, sem eles,a barbárie se torna iminente. Vide o que aconteceu ontem no Egito, quando a polícia não agiu por medo e 72 pessoas perderam suas vidas.

O BRUTAL E DESUMANO UNIVERSO DAS REDES SOCIAIS - Por Maik Oliveira

Desligue suas redes sociais! A frase pode parecer de um rigor extremo, mas é o que sugerem importantes nomes do Vale do Silício, ex funcioná...