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O Ministro Presidente do STF, Joaquim Barbosa |
A reportagem intitulada "Joaquim Barbosa o
juiz sem amigos”, publicada na Revista Época desta semana e veiculada pelo
portal "globo.com", revela em si mesma o desconforto de alguns
setores da sociedade brasileira com a indicação do ministro para o cargo mais
importante da justiça do país. Mesmo os leitores pouco críticos percebem nas
entrelinhas como tendenciosa é a reportagem. Dizer que o ministro não tem
amigos e insinuar que a governabilidade está fatalmente e unicamente atrelada a
conchavos, é evocar, ao menos sem querer, a condição nojenta de segmentos da
sociedade que ao longo de séculos construíram, ou melhor, mancharam a história
do país por sempre estar nas mãos de uma minoria que se julga e sempre buscara através de negociatas as mais vergonhosas, se colocar acima da justiça.
Em um momento da infeliz reportagem, a não menos
infeliz autora, tenta fixar a ideia de que o ministro devia favores nos
bastidores do poder quando em sua trajetória até o STF e, por isso mesmo, não
deveria esquecê-las na sua participação como relator no processo do mensalão.
É triste observar como as pessoas preferem
valorizar coisas tão pequenas e insignificantes em detrimento aos atos heroicos
e valorosos. Citamos o fato de deixar de valorizar a decisão do ministro em que,
mesmo tendo em mãos a possibilidade de reproduzir atos vergonhosos de compensação,
como infelizmente é comum nesse país, preferiu atuar de modo ilibado, ficando
do lado da justiça e do povo brasileiro. Isto a reportagem não evidencia, antes
se limita ao mínimo, a coisas tão pequenas como a situação do desacordo do
ministro com alguns de seus colegas.
Outra coisa implícita na reportagem é a indicação
de aparente intolerância e incapacidade de relevância por parte de quem
escreve. Para o ser politizado e cônscio de seus deveres, principalmente quando
o que está em destaque é a grandiosidade da posição honrosa que se ocupa,
relevar situações mínimas, mas que podem levar a um extremo stress é
característico.
Se tivermos que fazer um resumo crítico do texto
publicado na Revista Época em uma pequena frase, essa seria: “Falácias
tendenciosas” que por sinal não convenceu a maioria dos leitores, basta ver os
comentários bem abaixo da reportagem no portal “globo.com”. Uma delas me chamou
a atenção, esta questiona: “Quem disse que o ministro não tem amigos? E os mais
de 200 milhões de brasileiros, cuja grande maioria admira e torce por ele?”
Isso mesmo, o ministro pode estar certo, o Brasil com ele está e alguns setores
da sociedade acostumados com os favorecimentos e negociatas que diminuem a
imagem do Brasil, vão perseguir sim, pois sabem, pela primeira vez estão diante
de um grande problema chamado Joaquim Barbosa.
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