O meu filho tem aquele sorriso de luz, sincero, cheio de significados, onde é perceptível a alegria de um encontro, de uma companhia, da relação pai/filho. Um sorriso que faz esquecer os compromissos, por maiores que sejam, que faz abrir mão de ir, de vir, de ficar, de querer, de planejar, economizar. É como uma chave mestra, que abre todos os caminhos, ainda que relutantemente não queira caminhar por alguns deles.
O meu filho tem aquela voz pueril, infantil, mas convincente como o voo de um águia, altaneiro, robusto, imperativo. O meu filho pensa e fala de modo surpreendente, inteligente, crítico, isso mesmo, crítico como tantos deveriam ser. O meu filho não desiste fácil, deseja sempre ir além, além do óbvio, além da própria condição de vida, além de tudo que represente um mínimo obstáculo. O meu filho não poderia ter outro nome, senão Erick, um nome representativo, um nome significativo, pela própria desenvoltura que o portador do nome possui. Nasceu para voar alto, seguir em frente, ir além. Nasceu para me refazer enquanto homem, enquanto indivíduo real, limitado, que precisava e precisa romper as muralhas que foram erguidas na vida, por tudo que é circunstancial, institucional, pensado e vivido.
O meu filho é Erick, razão maior da minha condição de viver, essência da minha reconstrução. O significado de mundo e existência humana que eu precisava para entender a vida como nunca pude imaginar.
Erick Silva, eu amo você!
Seu pai,
Maik Oliveira
Surpreendentemente lindo esse poema! Tomarei emprestado para dedicar ao meu filho que também se chama Erick...Parabéns caro escritor, é confortante saber que existem pessoas como vc nesse mundo assustador!
ResponderExcluir