Estivemos, o curso de Ciências Sociais da UESC, esta semana na Chapada Diamantina para realizar um trabalho de pesquisa. Ficamos com a absoluta certeza de que é necessário dispor de um bom tempo para conhecer toda a beleza do lugar. Uma enorme área, cerca de 20% do território baiano onde parece que o tempo parou. As cidades conservam a estrutura secular que as tornaram importantes para o Brasil e Europa na época da busca pelo ouro e o diamante. Suas casas, suas ruas, suas belezas naturais, lá estão, com pouca intervenção da modernidade. A violência existe, mas não com a intensidade que estamos vendo nas nossas cidades aqui no Sul da Bahia, roubos e assassinatos, são de números quase insignificantes, e eles estão ligados à atividade turística,mas,ainda assim, muito pouco frequente, mesmo porque o perfil do turista da chapada é muito diferente daquele que procura outros destinos como Porto Seguro, Itacaré, Ilhéus. Não é meramente farra, praia, curtição, zoeira. É essencialmente cultura, ecoturismo, conhecimento em família o que busca a maioria dos que chegam às cidades diamantinas. Tudo é muito bonito e encantador, em cada lugar que vamos, nos surpreendemos com os detalhes que a natureza nos mostra, é simplesmente fantástico, transcedental.
Exige no entanto, em muitos casos uma boa dose de preparo físico para subir montanhas, descer tirolezas, nadar, caminhar, mergulhar, mas com ceteza, tudo vale muito a pena. Mas não deu pra deixar de observar como o capitalismo tem a força de se fazer presente em lugares onde seus efeitos não são bem vindos. Um exemplo, o grande e imponente morro do Pai Inácio (primeira imagem), um dos pontos turísticos mais visitados da Chapada Diamantina, lá, naquele lugar impressionante, você não consegue livrar seu olhar da imensa torre de TV, que aproveita a grande altura da base do morro para jogar seu sinal para a região, outro efeito do capitalismo é a apropriação de vários pontos de visitas por gente endinheirada que passam a cobrar até R$20,00 de cada visitante apenas para entrar no local, como é o caso da deslumbrante Lagoa da Pratinha (segunda imagem). Mas,e apesar da ação do capitalismo selvagem,voltamos de lá com um brilho no olhar, e a sensação de ter estado em um dos lugares mais lindos do planeta, aliás deixo aqui a dica, férias com a família, a sós, lua de mel, passeio com amigos? Vá à Chapada Diamantina, reserve ao menos uma semana de sua vida para conhecer aquele lugar se ainda não conhece, dê esse presente a você mesmo e a quem você ama.
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