sexta-feira, 1 de julho de 2011

E a vingança, a quem pertence mesmo?

Diz o ditado popular, que se vingança fosse um prato, seria algo para se comer frio. Ou seja, não se deve ter pressa para vingar-se, é preciso esperar, planejar, se cercar de provas, de proteção, para depois investir contra aquele ou aquela com quem queremos nos vingar.
No dicionário, vingar no sentido de vingança é tirar desforra, punir, castigar. Diferente de vingar no sentido de acontecer, que significa ter bom êxito, crescer, prosperar, vencer obstáculos. Êta língua portuguesa hein?!
Nesses últimos dias, na novela Insensato Coração da Rede Globo, apesar das questionadas atuações de alguns atores e atrizes, o Brasil acompanha, batendo recorde de audiência, a vingança de Norma (Glória Pires), contra Léo (Gabriel Braga Nunes) que no passado cometeu um crime e fez com que ela fosse considerada culpada, levando-a inocentemente a passar um bom tempo na cadeia.
Norma planejou cada detalhe da vingança, não aceita de forma alguma que nem mesmo a polícia chegue primeiro no meliante, tanto que o aprisionou em sua casa, tirando-lhe o direito de ir e vir, impossibilitando-o até mesmo de falar com familiares, negando-lhe todo e qualquer meio de comunicação com o mundo exterior, tentando fazê-lo sentir a mesma sensação que ela sentiu quando esteve atrás das grades.
Mas surgem as perguntas: até que ponto, fazer justiça com as próprias mãos traz real satisfação? Até onde podemos levar o nosso plano de vingança? Saberemos dosar adequadamente tal ato? Ou acabaremos nos tornando criminosos, nos equivalendo ao inimigo, objeto de nossa vingança?

A trama em " Insensato Coração":
vale a pena fazer justiça com as próprias mãos?

Quais os reais benefícios da justiça com as próprias mãos, se há? E quais os perigos que enfrentaremos se nos colocarmos frente a frente com o inimigo? São inúmeros os questionamentos que surgem numa situação como esta. Quantas vezes ao longo da nossa vida já sentimos vontade de revidar imediatamente ao que nosso malfeitor nos fez? Quantas vezes torcemos para que aquela pessoa que nos prejudicou se dê mal na vida? Ou quantas vezes ao saber que um inimigo se deu mal, soltamos aquele riso interno descarado e muitas vezes exclamamos; "bem feito! Mereceu!"
Norma, lá na novela, está se vingando em alto nível, utilizando de todo o poder que chegou às suas mãos, mas ao mesmo tempo levou para dentro de sua casa um inimigo peçonhento de alta periculosidade, é um tiro que não mata e que ainda pode sair pela culatra e ela acabar se tornando vítima do veneno do inimigo, ou até do veneno que ela mesma produziu contra ele.

Por fim, mais algumas perguntas: sabemos mesmo elaborar e executar sem nenhum risco nosso plano de vingança? Será que vale a pena abrir mão da prerrogativa do Estado em aplicar a lei contra nosso malfeitor?
Até que ponto a vingança pertence a Deus ou aos homens? O que você acha disso? Comente.

7 comentários:

  1. Sabe é muito dificil se controlar quando alguem que nos fez tão mal sai impune de seus atos.mas a vingança tem que ser o ultimo recurso disponivel para nosso suposto algoz.tambem nao quero dizer que devemos esquecer o que ele nos fez mas temos que esfriar a cabeça.ja saiu um estudo que a raiva mata e o que adianta nossos esforços vingativos embaixo da terra ?.pode ser muito romantico,religioso mas o certo mesmo é o perdao e seguir com nossas vidas.
    Um exemplo sou eu, minha mae a melhor pessoa do mundo em minha opiniao,num certo momento quis definitivamente acabar com minha vida em todos os sentidos(ela ficou doente,levando na bagagem esquizofrenia psicotica)destruiu com tudo,porem depois que ela se tratou e retornou mentalmente,ficou aqueles resquicios de magoa e foi dificil no inicio para mim esquecer mas ela é minha mae(e vamos la se é dificil superar a dor com pessoas estranhas,imagine se o algoz fosse sua propria mae, olha o dilema)e superei tudo e hoje nao esqueci os problemas,porem a perdoei e prossegui com a vida.

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  2. Também creio assim Jaredy, no mundo somos muitas vezes vítimas de comportamentos que não trazem consequências apenas para quem os vive. Perdoar é muitas vezes sem dúvida um grande desafio, mas os benefícios do perdão são gigantescos, para quem é perdoado, muito mais para quem perdoa... promove uma grande sensação de liberdade.

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  3. julio cesar de jesus soares3 de agosto de 2011 às 13:25

    Oi professor eu gostei de tudo que vi aki no seu blog.
    sao coisas muito intereçantes gostei da parte de insensato coraçao,eu nao sou acostumado a ver blogs tal essas coisas mais aparti que vi esse blog vou criar um para mim e vou levar a frente.
    gostei muito do seu trabalho parabens vc insentivou um aluno que so ficava batendo papo em sala de aula.
    aparti de agora vou mudar meu compotamento. vlw eu sou apenas um dos milhares de alunos do CISO que vao se tocar para a realidade, sou julio cesar da 8m3,comente depois para a sala do que u senhor achou do meu comentario.

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  4. e ae Julio césar, fiquei feliz ao ler aqui seu coment´s seja sempre bem-vindo, bom saber que vc desperta para o conhecimento, esse é o momento, vc tem em mãos oportunidades únicas de ser feliz no futuro. Nesta encruzilhada da vida que vc vive hj, saber escolher é fundamental.

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  5. Oi Professor,gosteei do seu blog e também dos artigos,bastante interessante!

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  6. julio cesar de jesus soares8 de agosto de 2011 às 15:30

    vlw profesor
    vc pode darr uma sujestao de que tipo de asunto para um vidio amador

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  7. Sarah!
    Valew pela visita essa espaço tb é seu fque à vontade para comentar, opinar e até discordar...um abraço!

    Júlio César,
    um bom tema para video? Vou te dar 3, Buylling,que tipo de estudante eu sou? como vota os jovens?

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