sábado, 25 de junho de 2011

Festas juninas e Gonzagão - inseparáveis

Anúncio da festa em Caruaru - PE, cantada por Luís Gonzaga
como a Capital do Forró.
A festa de São João no Nordeste é uma festa "arretada" de boa. Considero que não há festa popular mais rica em termos culturais e com tão grande participação popular. Nela participam todos: ricos, pobres, gente de toda categoria, sem distinção. Aliás, é quando o homem simples do campo está na moda, a fantasia principal é calça remendada, camisa de chita estampada ou quadriculada, chapéu de palha e ainda tem aqueles que pintam um dente de preto pra dizer que tá "banguelo". Sem dúvida alguma é irresistível uma fogueira queimando na noite fria, um quentão (bebida típica) pamonha, canjica, amendoim cozido, milho assado, carne assada, muita azaração e por aí vai.
As festas juninas são completas. Tem alegria, calor humano, simplicidade, muita comida boa e música, muita música típica como o forró pé de serra, cujo artista principal é um sanfoneiro com chapéu de couro, e chinelo de dedo acompanhado por um zabumbeiro e um triângulista (tocador de triângulo), pronto a festa está completa.
Na parte musical não dá pra falar, forró de São João sem mencionar Luiz Gonzaga, o Gonzagão, cantor e compositor das canções mais tocadas nas festas Juninas até os dias atuais. A história de Gonzaga e de sua sanfona ele mesmo conta, dizendo que depois de ameaçar o pai de sua noiva que espalhou em sua cidade natal Exu, uma pequena cidade pernambucana, que ele não tinha futuro algum como tocador de sanfona, e que por isso não podia casar com sua filha.
Sua mãe e seu pai lhe deram uma surra, pois não aceitava que filho deles agredisse ninguém. No dia seguinte fugiu de casa e saiu pelo brasilzão. Depois de 9 anos servindo ao Exército, chegou no Rio de Janeiro, comprou uma sanfona branca e foi tocar pela cidade, passou a ser conhecido, gravou discos e começou a ganhar dinheiro, até que um dia resolveu voltar para sua terra natal. Lá se achando grande tocador, famoso e com dinheiro, quis se engrandecer para os conterrâneos. Seu pai, Januário, inventor da sanfona de 8 baixos, construída a partir de pedaços de madeira, tubos de canos de metal e sobra de outros instrumentos, via e ouvia seu filho se mostrar como sua sanfona 120 baixos. No meio do povo, indignado com aquela tentativa de Luís gonzaga em "ser melhor tocador" do que o pai, um velho conhecido da família bradou: "Luí" respeita Januário! Tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso e aqui no sertão ninguém toca igual a ele! Respeita os 8 baixos do teu pai.
Esse episódio inspirou uma das músicas mais incríveis do repertório de Luíz Gonzaga; Respeita Januário. Composição em parceria com Humberto Teixeira que transcrevo aqui como foi composta, inclusive com seu impagável comentário, aludindo à fala do "Cumpade Véi Jacó". Simplesmente sensacional.

Respeita Januário
Composição: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Quando eu voltei lá no sertão
Eu quis mangar de Januário
Com meu fole prateado
Só de baixo, cento e vinte, botão preto bem juntinho
Como nêgo empareado
Mas antes de fazer bonito de passagem por Granito
Foram logo me dizendo:
"De Itaboca à Rancharia, de Salgueiro à Bodocó, Januário é o maior!"
E foi aí que me falou meio zangado o véi Jacó:
Luíz respeita Januário
Luíz respeita Januário
Luíz, tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso
E com ele ninguém vai, Luíz
Respeita os oito baixo do teu pai!
Respeita os oito baixo do teu pai!
Eita com seiscentos milhões, mas já se viu!
Dispois que esse fi de Januário vortô do sul
Tem sido um arvorosso da peste lá pra banda do Novo Exu
Todo mundo vai ver o diabo do nego
Eu também fui, mas não gostei
O nego tá muito mudificado
Nem parece aquele mulequim que saiu daqui em 1930
Era malero, bochudo, cabeça-de-papagaio, zambeta, feeei pa peste!
Qual o quê!
O nêgo agora tá gordo que parece um major!
É uma casemiralascada!
Um dinheiro danado!
Enricou! Tá rico!
Pelos cálculos que eu fiz,
ele deve possuir pra mais de 10 ontos de réis!
Safonona grande danada 120 baixos!
É muito baixo!
Eu nem sei pra que tanto baixo!
Porque arreparando bem ele só toca em 2.
Januário não!
O fole de Januário tem 8 baixos, mas ele toca em todos 8
Sabe de uma coisa? Luiz tá com muito cartaz!
É um cartaz da peste!
Mas ele precisa respeitar os 8 baixos do pai dele
E é por isso que eu canto assim!
"Luí" respeita Januário
"Luí" respeita Januário
"Luí", tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso
Nem com ele ninguém vai, "Luí"
Respeita os oito baixo do teu pai!
Respeita os oito baixo do teu pai!
Respeita os oito baixo do teu pai!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O amor de um filho para com o pai - menino americano de 7 anos dirige 30km para tentar encontrar o pai

CASEVILLE, EUA - Um garoto de 7 anos, descalço e usando pijama, pegou o carro de sua mãe e dirigiu por 30 quilômetros, chegando a velocidade de 80 km/h, para tentar encontrar seu pai, que mora em outro estado.
Perto do objetivo, ele foi parado pela polícia do estado americano de Michigan.
- Ele estava chorando e dizia incessantemente que queria ver seu pai. E foi isso: ele só queria ir para a casa do pai - disse Jamie Learman, chefe da polícia da cidade de Caseville, onde o menino foi pego.

A polícia começou a procurar por um carro Pontiac Sunfire na manhã desta segunda-feira após uma denúncia sobre um motorista muito novo que passara na região.

O menino estava morando com sua mãe na área rural de County's Sheridan Township, norte do estado de Detroit. Ela tinha trabalhado no turno da noite e não tinha conhecimento que seu filho e o carro tinham desaparecido.

O garoto esperava chegar na cidade do pai, Filion, também no norte de Michigan.

Fonte: G1

terça-feira, 21 de junho de 2011

Escrever é criar. É também brincar de ser Deus!

As vezes ficava me perguntando porque meus colegas na faculdade não escreviam nada para ser publicado no blog do curso. Deixava-me um pouco decepcionado, afinal construi o blog pensando neles, na intenção de publicar suas ideias, suas inquietações e promover entre nós um exercício daquilo que é o nosso objetivo enquanto estudantes de Ciências Sociais. Questionar, pesquisar, opinar. O fato é que poucos me enviam textos, mesmo os que defendem uma bandeira não parecem dispostos a escrever algo sobre o assunto preferido. Isso me deixava também intrigado, achava que era porque não tinham interesse em publicar no blog, ou que o blog não se fazia merecido para tal. Tudo isso pensava até que ultimamente passei a experimentar essa dificuldade de escrever em mim mesmo, mesmo sendo uma atividade que me faz muito bem. Mas há momentos que de fato, não conseguimos produzir.

Outro dia um colega me confessou que tinha um assunto sobre o qual precisava e queria muito escrever, já sabia até por onde começar, mas não se sentia motivado a fazê-lo. Por várias vezes sentava em frente ao computador e simplesmente o texto não saia, é uma coisa incrível.

Tenho passado por isso nestes últimos dias, depois de ter passado dois meses na labuta para escrever sobre um tema específico para apresentar em um congresso de cientistas sociais, parece que não me encontro com motivação para escrever mais alguma coisa. É como se estivesse precisando recarregar as baterias. Fico pensando o que acontecia com grandes escritores como William Sheakspeare, que precisavam encontrar inspiração sempre, e que por inúmeras vezes saiam do seu “habitat natural” para encontrar inspiração. Como renomados escritores buscaram suas fontes de inspiração ao viajar pelo interior, por lugares remotos, ouvindo histórias, relatos incríveis, numa situação em que a base da história não se encontra necessariamente no escritor, mas no seu mundo exterior. Como aconteceu, por exemplo, com Euclides da Cunha e seu incrível “Os sertões”. Posso crer que de modo geral a inspiração não era assim tão ininterrupta e sua busca fora do contexto em que vivia era imprescindível.

Escrever é um estado de espírito, é momento propício, é inspiração. É buscar um tema, um assunto norteador, não por acaso se buscarmos ler as biografias dos grandes escritores, veremos que além de suas próprias histórias de vida, encontravam inspiração em acontecimentos marcantes da história, na vida inusitada de pessoas simples e famosas.

Escrever é criar, inovar. É, assim como fazem os cientistas inventores, brincar de ser Deus, e não há mal algum nessa brincadeira, afinal fomos todos criados à sua imagem e semelhança. Mas por isso mesmo não é uma atividade fácil de desempenhar, é desafiadora, porém gratificante. E você? Qual a sua opinião sobre esse assunto? Inspire-se e escreva aqui seu pensar! Exercite-se! Quem sabe seja este um bom momento para começar a tão honrosa atividade?!

terça-feira, 14 de junho de 2011

A liberação da maconha e seus efeitos sobre a sociedade brasileira.


DEGRADAÇÃO
 A montagem acima sobre a foto
de um modelo simula os efeitos
 de alguns anos de uso de drogas.
Click na foto e veja detalhes.
 Por Carlos Alberto Di Franco
Paul Johnson é um dos grandes historiadores e intelectuais da atualidade. Autor do monumental Tempos Modernos, seus textos são provocadores. Em seu livro Os Heróis, destaca a importância decisiva das lideranças morais.
“Os heróis”, diz, “inspiram, motivam, (...) Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa”. Os comentários de Johnson trazem à minha memória a vida de um herói, cuja morte ocorreu na madrugada do dia 29 de maio, em Taquaritinga, interior do Estado de São Paulo: Leo de Oliveira, diretor da Comunidade Terapêutica Horto de Deus (www.hortodedeus.org.br).
Leo lutou bravamente contra um câncer devastador. Fragilizado, com as defesas na lona, sucumbiu ao ataque oportuno de uma pneumonia. Nunca se queixou. Tinha uma fé inquebrantável, raiz de seu otimismo contagiante. Após uma consulta ao seu oncologista, e na iminência de uma nova cirurgia, enviou-me uma mensagem bem característica de sua maneira de enfrentar as contradições: “Não existe outra alternativa. Cirurgia. O novo tumor está atrás do coração. Nada que Deus não possa resolver”. Assim era Leo.
Não pensava em si mesmo. Sua vida foi uma dedicação total aos seus “meninos”, aos dependentes de drogas que, ao longo de três décadas, encontraram nele um braço de pai e um coração de mãe. Mais de mil jovens recuperaram a dignidade e a esperança na entidade fundada por Leo de Oliveira. Seu sepultamento, na tarde ensolarada do último domingo de maio, foi impressionante. Centenas de jovens recuperados, vindos dos quatro cantos do Brasil, desembarcaram na pequena Taquaritinga. As lágrimas não eram apenas um frêmito de dor. Eram um grito de agradecimento, uma sentida despedida àquele que lhes devolveu a vida.
Em contraste com o trabalho de recuperação dessa entidade, com notáveis índices de recuperação, vejo, com preocupação, renovadas tentativas de liberação das drogas, algumas capitaneadas por lideranças respeitáveis. É o caso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Todos, menos os ingênuos, sabem que, assim como não existe meia gravidez, também não há meia dependência. É raro encontrar um consumidor ocasional. Existe, sim, usuário iniciante, mas que muito cedo se transforma em dependente crônico. Afinal, a compulsão é a principal característica do adicto. Um cigarro da “inofensiva” maconha preconizada pelos arautos da liberação pode ser o passaporte para uma overdose de cocaína.
Segundo o respeitado especialista Ronaldo Laranjeira, professor do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo e coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD), os defensores da liberação preconizam uma solução teórica, mas completamente irreal. “Acha-se no Brasil que se tivermos maior liberdade para usarmos drogas, ou afrouxarmos os controles sociais, acabaremos com o crime, com o tráfico e com o consumo desenfreado de drogas. Somente uma visão desconectada do mundo das drogas poderia sustentar esse castelo de areia conceitual. Um dos aspectos importantes é que, ao afrouxarmos os controles sociais, seguramente aumentaremos o consumo das drogas. Quem pagará essa conta será a população com menor poder aquisitivo, e não aquela que participa de passeatas em favor da maconha. Um a cada dez adolescentes que consomem maconha terá um surto psicótico. O custo social e humano desse fenômeno será pago por quem menos consegue arcar com a saúde. Os grandes desafios em relação às drogas no Brasil é criarmos experiências de prevenção que efetivamente funcionem e desenvolvermos um sistema de tratamento para os que ficam dependentes químicos”, conclui Laranjeira.
Leo de Oliveira morreu pobre. Nunca ocupou as manchetes dos jornais. Mas foi um autêntico herói. Os dependentes de drogas recuperados pela eficácia do seu trabalho silencioso encontraram nele um exemplo e um modelo de dedicação e carinho. Sua existência foi fecunda. E sua presença se perpetuará no brilho dos olhos de centenas de jovens.
Carlos Alberto Di Franco é diretor do Master em Jornalismo, professor de Ética e doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra e colunista do Jornal A Tarde.
Texto publicado no Jornal A Tarde de 13 de junho de 2011.

domingo, 12 de junho de 2011

Blogosfera - a democratização da comunicação promovendo a opinião pública e influenciando nas mudanças sociais.

Esta Matéria foi produzida pelos blog's O Recôncavo e o Blog do Gusmão.

"As grandes corporações da mídia nacional não quer
 regulamentação,  porque, na prática,
elas já regulamentam o mercado".
( Altamiro Borges)
O Secretário de Comunicação do Estado da Bahia, Robinson Almeida, defende o fortalecimento e a organização dos blogueiros progressistas, inclusive na disputa pelo mercado publicitário. Robinson Almeida é um dos debatedores do BlogprogBahia, encontro estadual dos blogueiros progressistas da Bahia, que acontece neste fim de semana (11-12/06) no Hotel Fiesta, em Salvador.

Ao falar do tema “Políticas Públicas de Comunicação e Democratização das Verbas Publicitárias”, o jornalista Altamiro Borges (Vermelho e Barão de Itararé) adverte que a área de comunicação do Brasil sempre foi hegemonizada pelo setor privado, lembrando que esta não é a história da experiência da comunicação na Europa, por exemplo. Para Miro, a “complementaridade entre o setor público e o privado” nunca existiu no Brasil. Para ele, o Estado brasileiro nunca teve uma política pública de comunicação e nunca enfrentou a regulamentação do setor, que a grande imprensa chama, marotamente, de “censura”. As grandes corporações da mídia nacional não quer regulamentação, porque, na prática, elas já regulamentam o mercado.
Daí a necessidade de criarmos políticas públicas de comunicação que assegurem a diversidade e liberdade da comunicação, tendo o Estado brasileiro um papel fundamental neste processo, explica Altamiro Borges. Para ele, os blogueiros devem buscar o que nos unifica: a democratização da comunicação, a liberdade de expressão, democracia e justiça social. Aí, segundo ele, teremos a capacidade de ajudar a democratizar a comunicação no Brasil.

Texto extraído do Blog do Gusmão (www.blogdogusmao.com.br)

sábado, 11 de junho de 2011

O Ensino de Sociologia, um tiro que pode sair pela culatra!

Já escrevi neste blog que o ensino da Sociologia é coisa séria. Considero esta disciplina como a mais importante para produzir cidadãos com senso crítico a partir do Ensino Médio, quem quiser fique à vontade para discordar, mas particularmente não vejo outra disciplina com esse potencial, mesmo a Filosofia, outra importante disciplina, não carrega em si tanta responsabilidade.
A Sociologia, com seu viés analítico sobre os fatos sociais, sobre as ações humanas, sobre a vivência em sociedade, com seu olhar privilegiado sobre as relações comerciais e de consumo, tem o potencial nato de apresentar diagnósticos próximos do real que sem dúvida alguma podem ser utilizados com louvor para solucionar problemas sociais graves, como a fome, o analfabetismo, a má distribuição de renda, a violência, a intolerância entre outros.
Mas todo esse potencial pode estar em risco, há algo acontecendo nas salas de aula que preocupa. O fato de se olhar para Sociologia como uma intrusa na educação brasileira, e como intrusa não se dá a ela um tratamento adequado. Acha-se que o professor responsável pela disciplina pode ser qualquer um, mesmo que com outra formação, pode assumir a título de compor carga horária. Quando se precisa de horários para desenvolver qualquer tipo de trabalho extracurricular advinha de onde se tira o tempo de aula? Da sociologia. A título de apressar a “decoreba” para testes como o ENEM no intuito de promover a imagem do colégio junto à sociedade, apressam-se conceitos sociológicos à compreensão de estudantes que estão tendo primeiro contato com a disciplina, como no caso do 1º ano do Ensino Médio, quando a primeira necessidade é contextualizar, apresentar os autores, sua biografia, seus pensamentos, fazendo com que cada estudante compreenda o porquê da existência da Sociologia e sua importância, de modo gradativo. Por tudo isso, é preocupante o que estamos vendo no ensino de Sociologia.
Pedimos calma, sabedoria e responsabilidade àqueles que cuidam da educação brasileira, sem isso, veremos uma oportunidade única de se ter uma sociedade mais consciente de seus deveres e privilégios, saindo pelo ralo, por causa do nosso imediatismo, da nossa precocidade em querer apresentar algo que ainda não temos ou não somos. Esse tipo de aprendizado requer tempo, precisa de estruturação, de base, para surtir efeito satisfatório, ou então correremos o risco de produzir seres humanos com conhecimento superficial, incapazes de desenvolver em si mesmos uma visão de mundo satisfatória. Tomemos cuidado, muito cuidado!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Uma explicação!

Olá queridos amigos leitores,
desculpem minha ausência do blog esses dias, estive muitíssimo ocupado produzindo um estudo analítico sociológico sobre as organizações protestantes e responsabilidade social nas cidades de Itabuna e Ilhéus, para apresentar no CONLAB ( Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais) que acontecerá em Salvador.
Tem sido um trabalho cansativo, que tem exigido muito de mim, mas finalmente chegamos ao final da primeira parte de um trabalho que já dura 1 ano e meio. Em breve estaremos socializando nesse espaço o resultado dessa produção de conhecimento. Desde já agradeço a compreensão de todos e já vou avisando! Estou de volta!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

MEC reduz 11.000 vagas em curso de direito em todo país por baixo desempenho

'O Ministério da Educação resolveu reduzir o número de vagas ofertadas por 136 cursos de Direito Brasil afora, por apresentarem resultado insatisfatório no conceito preliminar de curso. Foi levado em consideração o desempenho do aluno, o corpo docente, a infraestrutura e os recursos didático-pedagógicos.
Na Bahia 7 faculdades foram afetadas, são elas: FACISA - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Itamarajú, IESUB - Instituto de Educação Superior Unyhana de Barreiras, FARB - Faculdade Regional da Bahia, IESUS - Instituto de Educação Superior Unyhana em Salvador, FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências de Vitória da Conquista, FMC - Faculdades Metropolitanas de Camaçari, FSF - Faculdade São Francisco de Barreiras, que perderam ao todo cerca de 300 vagas. Uma característica peculiar é que todas são do ensino privado.
Não precisa nem dizer que a OAB adorou a iniciativa do MEC, num momento em que se questiona a legitimidade da prova de admissão da Ordem dos Advogados, comprova-se que a qualidade do ensino do Direito é deficitário em todo o país.
O presidente nacional da Ordem, Ophir Cavalcante, disse em entrevista: "A partir do momento em que o MEC começa a corrigir essas distorções históricas, começa a exigir das faculdades de Direito qualidade, sobretudo nas faculdades particulares, certamente nós vamos evoluir melhor e construir efetivamente um bom ensino jurídico no País".
A temida prova de admissão, utilizada pela Ordem para fazer uma triagem dos melhores formados em Direito, não chega a ser o que na Europa e nos Estados Unidos é tido como filosofia de ensino, a meritocracia, assunto já abordado nesse blog, mas de fato exige que quem se predisponha a fazê-la, dedique-se bem aos estudos, tanto que o desembargador e ex-vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Sylvio Capanema, admitiu:  “As provas da OAB estão num nível de dificuldade absolutamente igual às da defensoria do Ministério Público e, se bobear, da magistratura. Posso dizer com absoluta sinceridade que eu, hoje, não passaria no Exame da Ordem.”
Agora imagine fazer um curso de Direito em uma faculdade que sequer tem um corpo docente capacitado para preparar os estudantes para um prova destas! E ainda ter que pagar por isso! É mediocridade na certa. Sinceramente vejo com bons olhos a intervenção do MEC, como também concordo com a prova de admissão da Ordem, ao menos de modo parcial é um instrumento para separar o joio do trigo, sob pena de se não fizer assim, corrermos o risco de testemunharmos ainda mais injustiças, mais do que já estamos acostumados.

O BRUTAL E DESUMANO UNIVERSO DAS REDES SOCIAIS - Por Maik Oliveira

Desligue suas redes sociais! A frase pode parecer de um rigor extremo, mas é o que sugerem importantes nomes do Vale do Silício, ex funcioná...