
Esse é um dos grandes desafios que tenho para este ano. Mas ao refletir sobre as férias, me pergunto: De fato, para que servem as férias? Descansar? Um desligar-se dos compromissos acadêmicos? "Expairar" a mente como dizem alguns?
Durante o segundo semestre, ficava me perguntando o que fazer nas férias, resolvi que além de trabalhar para pagar as contas, iria colocar as leituras em dia, porque convenhamos, aquele monte de textos, livros de diversos autores que nos pedem para ler e discorrer, escrever e explicar em seminários os pensamentos alheios, não são assim tão estudados como deveriam, a gente faz um apanhado e tenta aproximar o máximo possível do que o professor quer, mas estudar de fato, isso não acontece.
Então aproveitei as longas férias ( longas sim, porque desde o dia 8 de dezembro de 2009 estou de férias, voltando às aulas na próxima segunda, dia 1° de março) para ler Sto Agostinho - O Livre Arbítrio, Thomas Hobbes - O Leviatã, Maquiavel - O Príncipe, e o nefasto e complicadíssimo Assim Falava Zaratustra de Nietzsche, claro que não deu para ler todos por completo, mas deu para virar várias páginas de cada um.
Ao término dessas férias e depois de ler esses autores fica aquela sensação de que quatro anos numa faculdade realmente não são suficientes para dar ao estudante uma visão totalmente polida do saber enquanto formação. É necessário algo mais, tem que haver uma pós, depois mestrado, doutorado e por aí vai.
A complexidade da vida, as enormes mudanças no pensamento e no comportamento humano ao longo dos séculos precisam de muito esforço para ser ao menos compreendido.
Concluo escrevendo que o mundo, mais do que nunca precisa entender seus mais célebres pensadores, desde Sócrates, Platão, Aristóteles, passando por Jesus Cristo, Tomás de Aquino, Sto Agostinho, até os mais modernos como Thomas Hobbes, Maquiavel, Karl Marx entre outros... não apenas para concordar ou discordar, mas também e ao meu ver principalmente, para usar os momentos da dialética, a arte do diálogo que são tese, antítese e síntese, buscando através do conhecimento respostas para as inúmeras perguntas que surgem a todo instante, concordar, discordar, questionar, concluir.
Bem num conceito heraclitiano, proveniente da mudança dialética, a negação da negação, de que tudo se transforma, quando afirmou que "um homem não pode banhar-se no mesmo rio, porque nem o homem nem o rio serão os mesmos no momento seguinte". Tudo muda, e como muda, essas mudanças acontecem a todo instante e só através do conhecimento é que poderemos entender a vida e ao entendê-la planejar um devir que todos nós queremos.
Então gente! mãos à obra, ou melhor, olhos e ouvidos atentos, para aprender e vamos que vamos, como dizem aqui na Bahia, o ano só começa depois do carnaval...então já começou!!
Feliz 2010! Abraço e muito sucesso para todos!