sexta-feira, 21 de setembro de 2018

POR QUE BOLSONARO É O BEZERRO DE OURO DOS EVANGÉLICOS BRASILEIROS?

Já faz algum tempo que quis escrever um texto sobre a turbulenta batalha política pela presidência que recaiu sobre o Brasil, sobretudo nesse mês de setembro e que, provavelmente, tende a ficar mais crítica nos próximos dias, isso sem falar no segundo turno, com um processo ainda mais polarizado.

O que chama a atenção é a participação mais do que ativa do segmento evangélico nessa edição, não que esteja vetado ao segmento essa participação, muito pelo contrário, mas é que, na recente história da nossa democracia,
nunca foi assim tão ululante. Como explicar tamanha efetividade?

Pois bem, já é mais do que sabido, pelo menos em boa parte dos evangélicos, a sua tendência de voto. Obviamente que dizer, "boa parte", não quer dizer maioria ou minoria, pois não se sabe ao certo qual o percentual de evangélicos que votará em Bolsonaro nessas eleições.

Porém, dado a participação ativa nas redes sociais, nos debates, acusações, xingamentos, é isso mesmo, até nisso eles embarcaram, fica claro que a participação não será pequena, mas, e a razão da escolha?

Quando analisamos a figura do candidato, seu discurso, o que representa, para quem aprendeu os valores que os evangélicos defendem, fica meio que sem saber as razões, em muitos dá um nó, pois de fato, é difícil de entender, mas não impossível.

Bolsonaro representa o voto da revolta, daqueles que já não enxergam mais no discurso político, um caminho para revitalizar um país às margens do desespero, ressalta-se aqui, o problema da corrupção, plano de fundo para os demais percalços que a sociedade brasileira vive: violência, desemprego, educação de má qualidade, juros extravagantes, injustiça social, entre tantos outros flagelos que tomam conta de cada canto do país.

O povo brasileiro se mostra cansado, desiludido, crê que é necessário uma sacudida nos governantes, um "chega pra lá" em quem lá esteve ou está e, uma tentativa do que chamam de "algo novo" que possa bater de frente com a promiscuidade política e social que tomou conta da nação.

Bolsonaro e seus correligionários entenderam isso, perceberam que um discurso precisava ser construído para alcançar esses corações aflitos, afinal, em sua maioria, o eleitor brasileiro, longe de ter como característica a crítica sensível e racional, navega nas ondas da passionalidade, estão mais adaptados ao ouvir do que ao pensar, aliás esse é um problema humano, temos, em geral, preguiça de pensar, estudar, pesquisar.

Talvez, um das razões da internet virar uma vedete, o Google, a "biblioteca" mais visitada do mundo e o fake news a ferramenta de mídia mais eficaz,  afinal, pra quê ler, estudar, pesquisar, basta um "Ctrl C" e um "Ctrl V" e a questão é resolvida. Então, nesse contexto, viram com maestria, que não precisavam apresentar um projeto à nação, não tinham que se preocupar com economia, educação, emprego, justiça social. O discurso só precisava de um viés, o viés moral, um moralismo tosco, imoral e, falando em moral, quem se coloca como defensor de uma conduta pautada em preceitos moralistas como atributo humano para herdar a vida eterna? O evangélico! Ainda que sabe, a graça de Deus é a porta mais eficaz.

O evangélico (não todos, graças a Deus!) se viu representado em Bolsonaro, enxergou nele um arauto desse modo puritano de ver e interpretar o mundo. Lógico que o referido representante não é nada disso, basta uma breve pesquisa sobre sua vida pregressa pra saber que está longe da vida moral sonhada pelo povo evangélico e nem mesmo evangélicos, a despeito do que ensina a sua religião, são, em grande medida, exemplos a serem seguidos, afinal, são humanos e como humanos, falhos.

Evangélicos viram em Bolsonaro a contrafação daqueles candidatos diabólicos que defendem gays, lésbicas, que querem um estado laico, onde não somente o cristianismo tenha espaço, mas também as religiões de matrizes africanas, o espiritismo, os ateus, os sem religião, enfim, um estado de todos e para todas.

O evangélico é, antes de mais nada, defensor do lema "feliz é a nação cujo Deus é o Senhor". Mas, alguns entendem que, para isso, todos os demais precisam ser convertidos ao cristianismo e se não quiserem, que sejam banidos da face da terra, de preferência pela maldição do Senhor, se não, se possível, apedrejados como filhos do Diabo. Esquecem que, no contexto de suas crenças, o Deus que dizem seguir, também é criador de todas as criaturas, não faz distinção, que a todos ama e por todos deu a vida.

Bolsonaro então, se tornou uma espécie de fetiche dos evangélicos. O objeto político e espiritual que pensam ser capaz de transformar a nação no paraíso evangélico e eles têm a anuência de líderes que "dão a cara à tapa", cônscios de que se tudo der errado, podem jogar a culpa mais uma vez no Diabo (o que seria de determinados lideres evangélicos não fosse o Diabo?) e seus representantes e serão perdoados pelos seus seguidores, vão para a internet, mídia em geral e vociferam, conclamando à membresia à algo que já se assemelha a uma espécie de "cruzada" contra os pecadores.

Aparelham então, suas instituições religiosas com seus próprios anseios, seus desejos, seus mais obscuros desejos e conluios,e o povo, ou boa parte deles, como ovelhas indo ao matadouro, seguem seus lideres, afinal, são os "ungidos do Senhor" ordenando.

Esse egoísmo evangélico causa uma cegueira infame pois, ao centralizar sua fé para um país melhor em um fetiche, claramente antagônico ao que acredita e defende, não consegue enxergar o óbvio do que é a função básica da política: governar para todos e a todos sem distinção, como aponta Hannah Arendt,  "política baseia-se no fato da pluralidade dos homens e esta deve tutelar o convívio dos diferentes, não dos iguais".

Evangélicos nesse contexto, não enxergam o direito, o livre-arbítrio, o outro, não aceitam o diferente, não respeitam a crença ou a descrença alheia e o pior, acreditam mesmo, como cegos caminhando em direção do precipício que o fetiche antagônico que colocaram no altar de Deus, será capaz de dar a eles, a glória.

Pois é, esse tipo de evangélico, desconhece Deus e o seu amor. Bolsonaro é a prova contundente de que, boa parte do povo evangélico escolhe seus ídolos pela força do egoísmo.

É a história se repetindo. No deserto, rumo à terra prometida, o fetiche foi um bezerro de ouro construído com o que sobrou do vil metal trazido do Egito. No Brasil ele é chamado de mito, empunha uma arma e discrimina, faz apologia à violência, odeia minorias, menospreza mulheres, apoia e defende assassinos confessos, desconhece a história, menospreza o provo de África, abertamente propaga apoio incondicional a quem oprime.

Evangélicos, como dão trabalho ao Deus que dizem adorar, haja misericórdia!

sexta-feira, 25 de maio de 2018

CRISE DOS COMBUSTÍVEIS: SUA ORIGEM, SUA RAZÃO, SEUS PORQUÊS

Em relação à Greve dos Caminhoneiros, vamos colocar assim, com letras maiúsculas, pois entendo que esse não é um evento comum. Nele há muito o que ponderar.

A Petrobrás, estatal mais importante do Brasil, é aquela mesma empresa que foi tomada pela politicagem, sim, pois não é uma estatal qualquer, trata-se de uma que movimenta dezenas e mais dezenas de bilhões de dólares anualmente.

Para que tenhamos ideia mais precisa do que representa a Petrobrás economicamente, em 2010 a empresa efetuou  a maior capitalização em capital aberto da história no mundo, 72,8 bilhões de dólares, antes dela, a Nippon com 36, 8 bilhões era a detentora do recorde.

Pois bem, com tanto dinheiro circulando abertamente, sendo ela uma estatal em um país reconhecidamente corrupto em seus diversos setores, foi natural que os olhares dos gatunos vampirescos crescessem em sua direção, sem querer ofender os pequenos felinos domésticos.

A Petrobrás então foi cooptada para patrocinar e bancar grande parte do desvio de dinheiro público que não era pouco, a outra parte provinha de superfaturamentos, desvios de verbas já destinadas para obras estruturais, para a saúde, educação, segurança e por ai vai.

A ganância foi tão grande que segundo o Tribunal de Contas da União - TCU, o rombo chegou a 10% do faturamento anual da Petrobrás.

Bom você pode pensar, 10% é pouco, não quebra uma empresa que tem uma liquidez altíssima pois oferece um produto de extrema necessidade, o combustível, é, pode ser, mas, somando a esses desvios estão as más aplicações e, sendo ela uma empresa com papéis cotados nas bolsas de valores mundo à fora, viu ruir sua credibilidade e como consequência, seus títulos perderem valor de modo vertical.

Para se ter uma ideia, somente em 2014, com o impeachment, a Petrobrás no geral, chegou a contabilizar um prejuízo de 44, 3 bilhões de dólares. Para uma empresa com cotas em bolsas de valores isso é surreal.

Com tanto dinheiro saindo pelo ralo e com a credibilidade abalada, a maior empresa do Brasil se viu em situação de bancarrota, recuperar o dinheiro perdido e, principalmente, a confiança de seus investidores deveria encabeçar a sua pauta, era óbvio que o consumidor iria pagar o pato como sempre foi a dinâmica do país, mas como fazer isso sem causar revoltas na população, qual argumento usar para o aumento assombroso nos preços finais dos combustíveis?

A resposta não demorou, havia um caminho, indexar o valor dos combustíveis ao dólar, isso daria a Petrobrás, um argumento plausível à população, afinal, o preço do produto é reverberado mundialmente e, sendo assim, explica-se o aumento no país.

É óbvio que a previsão de aumento do dólar já estava sendo monitorada com as novas políticas previstas para o governo Trump, assim, cinco meses após Temer tomar o poder, em outubro de 2016, a Petrobrás anuncia sua nova composição de preços dos combustíveis tendo o dólar como um dos seus principais reguladores, adotando assim, a famosa política do livre mercado, dando vez ao que acontece com o mercado internacional, o tipo de política adorado e venerado pelos capitalistas, aqueles que nunca experimentaram e nem desejam conhecer o que é ser pobre, viver desprovido, em muitos casos, até do que é básico.

É bom lembrar que entre 2013 e 2014 o governo Dilma interveio no aumento dos combustíveis, na ocasião a então presidente da estatal, Graça Foster, foi duramente criticada pela grande mídia pois acreditavam-se que atender a um pedido presidencial poderia causar grandes prejuízos à empresa e aos seus acionistas, desses últimos, milhares são norte americanos preocupados em perder seus preciosos dólares com a desvalorização da estatal brasileira e já pressionavam a Petrobrás para mudar suas políticas de preços, no entanto, o governo do PT à época, bateu o pé em aceitar que o mercado internacional fosse parte regulatório dos seus preços de combustíveis.

Esse é um resumo da parte econômica do imbróglio, anexado a isso, está a questão política, essa talvez, a mais emblemática das questões, tendo em vista que escancara o "governo Temer" como aquele que articula suas investidas políticas, ensaia seus discursos e tem coragem para apresentar sem escrúpulos suas cartas no meio político, mas se mostra incapaz de lidar com qualquer crise, desde o desabamento de um prédio com a clara incompetência de sua assessoria por achar que seria aplaudido só por comparecer e fazer alguma promessa até a maior crise do governo, a "Crise dos combustíveis", onde se encontra perdido, lançando mão de discursos e ações estéreis e é simplesmente ignorado pela categoria que está em greve, os caminhoneiros.

Aqui mora o perigo, um governo que não se garante diante de uma greve que não vêm do povo comum, pois não é uma demanda política de ações generalizadas, ou seja, a Greve dos Caminhoneiros não é uma pauta que contempla o povo como um todo, muito embora afete a todos, a greve parte de quem não quer diretamente pagar a conta do rombo da Petrobrás, caminhoneiros independentes e empresas de transportes em geral, tanto que estão unidos, é uma greve articulada, pensada, e consciente do estrago que pode causar, politicamente e economicamente.

Nessa demanda se junta o povo comum, ou melhor, aqueles antes "classe C" e que depois dos governos populistas do PT, passaram a ser, em alguma medida, consumidores. Conseguiram financiar a casa própria com garagem ou estacionamento, tomar empréstimos bancários e com um esforço a mais, compram um carrinho 1.0 para por na garagem ou parar na porta de casa.

Esses adoram sua conquista, afinal, andar motorizado faz muita diferença, voltar a andar a pé é a última opção, mas com o litro de gasolina a R$5,00, quem aguenta? Um absurdo! Eis que ali na BR, os caminhoneiros estão parados, querem pagar menos pelo diesel, juntou-se então a fome com a vontade de comer, surge a #somostodoscaminhoneiros, mentira pura!

Querem mesmo é poder continuar a andar de carro, poder pagar menos por isso é o objetivo e se os caminhoneiros estão chamando a atenção do governo, vamos nos solidarizar, levar cafezinho, almoço, bolo de aipim, suco de acerola e maracujá, nesta época do ano, um licorzinho cai bem e apoio, muito apoio.

Tudo que as empresas queriam e o governo abominava, mas está acontecendo e se o problema saiu da esfera econômica para a esfera política, o poder então está em jogo, e quem não quer poder? A turma do "corre pro abafa" não deixaria passar a oportunidade, um governo fraco, um segmento da sociedade em revolta e o povo em perigo é a receita perfeita para que a turma do ufanismo "moral e bons costumes" diga que isso não está certo, é preciso que haja intervenção e apregoam por todo o canto que "o povo quer intervenção".

Os generais que de repente e gradativamente voltam a ser para alguns babacas, os titãs da política brasileira, ao ver uma parte desavisada da população clamarem seus nomes já colocam a barba de molho e entram com o discurso, ousam questionar uma ordem de um governo banana, afinal quem no governo ilegítimo vai bater de frente? Querem mesmo é o "deixa acontecer naturalmente".

Bom, pra terminar, por tudo isso descrito, é que essa não é uma luta daquele povo chato que veste vermelho e que são chamados de contra-hegemônicos, a diferença é que o povo chato que veste vermelho é em grande medida composto por socialistas e greve de combustíveis tendo como plano de fundo uma estatal é inconcebível no socialismo, é greve de hegemônicos, a pauta do engajamento político e social segue em outra direção, os acontecimentos de então é pra assistir de camarote!

sexta-feira, 2 de março de 2018

REFÉNS DO MEDO EM UM ESTADO MORALMENTE FALIDO


Hoje, sexta-feira, dia 02 de março de 2018, por conta de compromissos que ultrapassaram meu costumeiro horário de ir pra casa, para a refeição do meio dia, não pude levar meu filho de dois anos e meio para a escolinha. Minha esposa  ficou na incumbência desse serviço. Já faz alguns meses que comprei um carro e o trajeto tem sido feito com ele, mas dessa vez, os dois, esposa e filho, precisaram ir a pé, são poucos quarteirões, diria que o percurso não passa de 500 metros.

Era por volta de 13:30, quando dois elementos (é sempre assim) em uma moto azul, escondendo-se na covardia, quase sempre de capacete, uma vez que falta-lhes coragem para assumir sua condição amoral, puxou uma arma e "deu voz de assalto" à minha esposa e filho. Pediram o celular, mas como não estava com ela, puxaram a pequena mochila colorida da criança, abriram e bagunçaram as coisas do menino, na certa sem acreditar que o objeto "tão valioso" a porcaria de um celular que, para eles justificava tamanha insanidade, não estava com ela.

A criança, atônita, sem entender os "porquês" de tudo aquilo, como se fosse possível de entender até para nós adultos, perguntava à mãe, quem poderiam ser aqueles homens, agoniados, nervosos, com voz de comando e ameaças, o ronco de uma moto azul, que ameaçava a todo instante sair em disparada em seu ouvido, aparecia como algo que ele nunca tinha visto e ouvido, situações que o deixaram assustado, com olhos arregalados e marejados.

Não achando o celular, um deles, frustrado com o insucesso do roubo, pediu ao comparsa para deixar "ela levar o moleque pra escola", o meliante, no entanto, viu que ela estava com um brinco e deu o comando: "então me passa esses brincos ai, vai! Ligeiro!". Os bens, de pouco valor, eram apenas bijuterias simples, o prejuízo maior é a sensação de ser roubado, furtado, especialmente em seu direito de ir e vir com segurança, a sensação de que levar o seu filho para a escola em uma cidade como Itabuna é aventurar-se, arriscar a vida de si mesma ou de seu filho.

Eu saia do meu compromisso, mais ou menos no mesmo horário que estava ocorrendo o roubo, passei em frente à Igreja Santa Rita de Cássia, e ali estava uma viatura parada, cinco policiais, armados, patrulhando o nada, navegando na internet por meio de celulares, rindo das piadas que viam nas redes sociais. Respeito o trabalho da polícia, acho que, na condição de elo fraco, o cidadão precisa do braço forte do Estado, o trabalho policial, para ver garantidos os seus direitos primários, aliás essa é a função e o dever do Estado, para o qual o cidadão abriu mão do seu direito de liberdade plena e deu plenos poderes ao Estado a fim de que este, garanta o seu direito à propriedade e dentre essas propriedades está também a própria vida. Não é esta a lógica da sociedade do contrato social?

Acontece que, no Brasil, vivenciamos a realidade de um Estado falido, que já não dá conta da sua obrigação, do seu dever, que não consegue, ou por incompetência, ou por interesses espúrios, ou mesmo por falta de iniciativa, controlar o avanço da criminalidade, da violência que se apresenta de todas as maneiras possíveis, visíveis e invisíveis, perto, longe ou em suas entranhas. O cidadão e cidadã comuns, o trabalhador e a trabalhadora, pais e mães de família, se sentem aprisionados, vítimas da generalização do medo, da falta de segurança, da sensação de impunidade que cerca e toma conta das mentes de pessoas mal intencionadas, egoístas, para os quais não existem princípios como: moral, respeito, compaixão.

O povo de bem de Itabuna, como na maioria das cidades brasileiras são reféns do medo, já não consegue afirmar se voltará para casa são e salvo, ou mesmo se dentro de casa, conseguirá se safar dos tiroteios amiúdes em todos os cantos da cidade, em todos os bairros, desde as partes mais longínquas até as mais próximas do centro.

Outro dia, quando lavava o tanque de casa, encontrei uma bala calibre 38 que perfurou a tampa e só não furou o tanque por conta do volume de água. Fiquei pensando: e se fosse agora que estou aqui, ou mesmo se fosse em uma dia que eu estivesse com a família aqui?

O apelo que fica, é aquele que já é enfadonho, que já parece um apito mudo, que os responsáveis por colocar ordem na vida pública, sejam realmente capazes, primeiro de ordenar a si mesmos e depois, através de medidas adequadas e eficientes, mostrar ao cidadão que é possível confiar no Estado, afinal, a quem recorrer quando não podemos nos armar e como no "estado de natureza", agir livremente no modo "quem tiver a unha maior que suba na parede" ou mesmo como no Talião "olho por olho, dente por dente?". 

O BRUTAL E DESUMANO UNIVERSO DAS REDES SOCIAIS - Por Maik Oliveira

Desligue suas redes sociais! A frase pode parecer de um rigor extremo, mas é o que sugerem importantes nomes do Vale do Silício, ex funcioná...