quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PRECISO CONTAR ESSA HISTÓRIA


O que representou 2010 para você? Parece que foi ontem que estávamos pelas ruas da cidade na expectativa de chegar o dia 01 de janeiro e assim começarmos um novo ano. O dia chegou, o ano chegou e vupt!! Já se foi! E o que fizemos
nesses já quase findos 365 dias? Nessas já quase idas 8.760 horas?

Quando finda um ano, quase sempre somos tentados a olhar para trás e refletir um pouco, tentamos fazer um "encontro de contas" entre o que fizemos com o que deixamos de fazer ou entre o que aconteceu com o que deixou de acontecer.

É verdade que para algumas coisas somos saudosistas, lembramos com alegria e com saudade dos momentos que se foram, mas, para outras, queremos mesmo é esquecer que aquilo de fato aconteceu. Esses dissabores as vezes são tão constantes em um ano que ao término dele exclamamos aliviados: ufa!! que bom que esse ano acabou!

Mas convenhamos, é possível realizar muita coisa boa em um ano, como por exemplo: escrever um livro, compor uma canção, plantar uma árvore ou algumas árvores, retomar os estudos, rever conceitos, construir novas e boas amizades, abrir uma empresa ou mesmo fechar uma que não esteja sendo viável, começar um romance ou renovar e dar mais sentido àquele que já está em curso. São tantas coisas possíveis de serem realizadas em um ano que aqui não dá para relacioná-las todas. Mas qual seria a mola propulsora disso tudo?

O que faz com que todas essas coisas possam se tornar realizáveis é sem dúvida, a iniciativa.

Querer fazer, estar disposto a correr riscos calculados e acreditar nas possibilidades, ainda que pareçam utópicas. Somos todos capazes de realizar grandes coisas quando nos dispomos a fazer acontecer.

Um dia acordei, olhei no espelho e percebi que o tempo estava passando rapidamente para mim, observando ao derredor, não via nada significativo construído, nem para mim e nem para a minha posteridade, pensei: sou mesmo um fracasso, não fiz nada relevante, não tenho nada, não sou nada, estava passando pela vida como mero coadjuvante.

O que deveria fazer? Me contentar com o nada? Sentar à beira da estrada "com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar " como cantava Raul? Ou reunir forças e fazer acontecer? Se optar por essa última...o que fazer? Como começar, ou melhor, por onde começar?

Pensei que seria muito significativo se fizesse um curso superior, mas como? Eu tinha apenas a 6ª série do velho primeiro grau, desempregado, quase um ostracista convicto. Mas não dava para continuar daquele jeito, precisava fazer algo, ser alguém e honestamente, embora relutante, eu não via outro caminho senão...a educação.

A partir desta reflexão começa minha saga rumo à universidade, em um dia quente de verão, fugindo do calor escaldante, resolvi entrar numa agência bancária para desfrutar um pouco do friozinho do ar condicionado, ali encontrei um amigo que possuía um cursinho, este oferecia aulas para supletivo, então lancei um desafio para ele ali mesmo, disse: sei que você é bom nesse negócio, quero que você me coloque na universiade!

Bom, como era de esperar, ele olhou para mim surpreso e deu sua  gargalhada, mas me disse que seria possível sim, o caminho porém, ...ahhh o caminho seria árduo. Ele não sabia o que se passava em minha alma, o desejo ardente de virar a mesa da minha existência, de desconstruir tudo e reconstruir de outra maneira. Naquele tempo eu já acreditava:  não tinha mais tempo a perder.

Meu amigo sorridente pegou um pedaço de papel e traçou um plano para mim, ele me deu 2 anos para concluir os ensinos Fundamental e Médio e logo depois tentar meu primeiro vestibular. Ah meu Deus! seria possível? Matriculei-me no cursinho e comecei a me preparar para as provas de supletivo do Ensino Fundamental. Foi um tempo dificil demais, sem dinheiro, enfrentando um processo de divórcio doloroso, estudava à noite, fazia "bicos" durante o dia, me virava como podia para pagar o curso e assumir as responsabilidades numa situação bastante adversa, mas eu tinha um desejo e não podia desistir jamais.

Foram ao todo 730 dias de busca pelo conhecimento; História, Matemática, Língua Portuguesa, Física, Química, Biologia, conceitos e ideias que eu jamais tinha ouvido falar...

...numa certa altura, no meio desse caminho, não deu para continuar no cursinho, não tinha dinheiro para pagar as mensalidades, um amigo me arranjou uma enciclopédia e era com ele que me preparava para fazer as provas de supletivo do Ensino Médio, bem no estilo Einstein, que dizia: "eu não preciso de escola , tudo que quero saber encontro na enciclopédia". 

Estudava exaustivamente, até altas horas da noite, não podia perder nas provas, representaria atrasos significativos no plano que meu amigo traçou.

Ao cabo de 2 anos fui ao Colégio Estadual de minha cidade receber meu certificado de conclusão do Ensino Médio, não podia acreditar que estava com aquela preciosidade em minhas mãos, um papel amarelo que eu lia e relia o que nele estava escrito, um carimbo no rodapé informava que aquele documento tinha validade em todo o território nacional, eu ria à toa, foi um dos dias mais felizes da minha vida. Não podia esperar para apresentá-lo a uma instituição de ensino superior.

No mês de dezembro daquele mesmo ano, me inscrevi no vestibular de uma faculdade particular. No dia e hora marcados lá estava eu, sentado numa cadeira para fazer a prova, olhava para os colegas e custava acreditar que estava ali, aquele era meu primeiro vestibular, passando ou não, já estava muito feliz com o que estava acontecendo naquele momento. Fiz a prova e sai dali com a sensação de que não fui tão ruim.

No dia do resultado, me dirigi à portaria da faculdade onde em um mural estavam os nomes dos aprovados e vi com espanto, mas não com surpresa, que meu nome estava lá e mais do que isso, em primeiríssimo lugar para o curso de Publicidade e Propaganda. Sai dali anunciando para todo mundo, coloquei uma mensagem no meu endereço eletrônico para quem quisesse e pudesse ler, orgulhoso daquele feito incrível, agora só faltava...faltava arranjar o dinheiro para a matrícula, mas tinha um problema, ganhava menos de R$600,00 por mês e a mensalidade era R$800,00 e o pior, como era iniciante, deveria de imediato pagar um semestre inteiro ou ao menos apresentar cheques referentes.

Bom...não precisa dizer que sonhei até o último minuto do tempo determinado para matrícula, que conseguiria me matricular, corri atrás de amigos, bancos, família, patrão, mas ninguém apareceu com ao menos os benditos cheques. Também, como eu ia pagar? Não sabia de fato, mas acreditem no que vou escrever agora; no último dia de matrícula, lá estava eu na faculdade, entrei na fila sem dinheiro e sem cheques, sei lá que loucura foi aquela, mas quem sabe, talvez apareceria alguém e faria a minha matrícula, se isso acontecesse eu deveria estar lá, guardando meu lugar, deveria estar no lugar certo, na hora certa. Fui o último a sair, faltei ao trabalho e o óbvio aconteceu, ninguém apareceu...voltei cabisbaixo, triste, frustrado. Acreditei tanto...mas minha crença não foi bastante, esse negócio de curso superior não fora criado para seres insignificantes como eu.

Mas espere...pensa que eu desisti? Não! Ali ficou claro pra mim que o único jeito de eu fazer um curso superior seria concorrendo a uma vaga para a universidade pública, mas as pessoas me diziam: você?! Nem tente, não está preparado, não estudou a escola normal, fez supletivo e ainda quer passar no vestibular de uma pública? Os religiosos diziam: você é pecador, Deus não vai te ajudar.

Mas aquele primeiro lugar na faculdade privada  foi como um aviso do tipo: acredite que você consegue. O tempo passou e chegou o dia de fazer a inscrição no vestibular da disputadíssima pública, escolhi um curso com o qual me identifiquei, Ciências Sociais, curso novo, concorrência média, pensei: é com esse que eu vou.

Fiz a inscrição e no dia de pagar, novamente último dia de prazo, tive que fazer uma escolha. Em meu bolso tinha R$80,00, que economizei deveras para conseguir pagar a inscrição, era seu exato valor, mas meu filhinho precisava de um sapato, a mãe dele, minha ex-mulher, esperava o sapato, comprei o sapato, meu sonho de ser um universitário mais uma vez estava indo para o brejo, mas, lembrei de um amigo, liguei para ele e contei minha história, ele me arranjou o dinheiro e corri para o banco no apagar das luzes, paguei o boleto.

Em Janeiro daquele ano, depois de um período de leituras e pesquisas, mais uma vez no mesmo colégio que fiz o supletivo, mas para fazer os exames de vestibular da Universidade Estadual de Santa Cruz.

Nos 3 dias de exames, recebi carona de um amigo e nos outros fui a pé, do bairro onde moro até o local das provas, cerca de 5km, tinha que guardar dinheiro para a água e para o lanche, afinal como sabem, provas desse tipo são exaustivas, cansativas, estressantes.

Fazia as provas, trazia o caderno de respostas e conferia imediatamente assim que o gabarito estivesse disponível no site da universidade, não zerei nenhuma, quase fechei uma, a de língua estrangeira, fui relativamente bem na redação, estava esperançoso, contava os dias, as horas, para saber o resultado.

Quando saiu, eu estava com um amigo em minha humilde residência, quando ele recebeu um telefonema de uma amiga em comum, pedindo para avisar que eu havia passado no vestibular, não contive a emoção, fiz um barulho imenso e agarrei o meu pai que vinha se aproximando para saber o que estava acontecendo, foi o último grande abraço que dei no meu pai, ele que não era muito afeito a esse tipo de demonstração afetiva, como um homem simples do campo e analfabeto, não compreendia bem o porque de tanta euforia mas me disse: parabéns meu filho, é isso ai! Meu pai não vai à minha formatura, nesse ano de 2010, veio a falecer com 81 anos de idade.

No dia 8 de março daquele mesmo ano , exatamente 3 anos após ter iniciado o projeto que meu amigo planejou pra mim, com um ano de atraso por conta da impossibilidade de me matricular na faculdade privada, eu estava entrando pelos portões da maior universidade pública do interior da Bahia, a 65ª do país, para iniciar minha carreira acadêmica.

Hoje estou indo para o 5º semestre, de fato feliz com meu refazer e ciente de que a iniciativa, o querer fazer, a vontade de ser e vencer, são armas poderosas e eficazes que dispomos para ir além do que imaginamos. Torço para que essa minha simples história inspire muitos a abandonarem o ostracismo e acreditarem na vida...é possivel sim! Acredite em você!

O mundo não é dos espertos, o mundo é de quem acredita na vida e asseguro, o mundo é de quem busca o conhecimento, porque conhecimento é poder!

2011 pode ser o seu ano, faça valer cada um desses 365 dias que logo serão dados a você. Aconteça, construa com dignidade sua própria história!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A sociedade e a Sociologia


O que a Sociologia tem a oferecer para a sociedade moderna?

Desde quando Augusto Comte iniciou seus estudos, suas teorias sobre a sociedade, muito tem se perguntado sobre a importância dessa disciplina, poderia ela ter status de ciência?

O francês Émile Durkheim se preocupou com isso, buscou dar um método para esse campo de estudo, compreender os fatos sociais como coisas foi sua primeira grande contribuição para que a Sociologia pudesse ganhar o caráter científico.

A partir daí surgiram outros teóricos, que foram moldando a cara , o jeito, respondendo os porquês e, principalmente, apresentando à sociedade métodos de estudos capazes de explicar os fatos, os acontecimentos sociais, suas transformações, construindo paradigmas.

A característica principal de nossa ciência, como bem salientou a professora Anatércia Lopes na Calourada 2010, é questionar. Questionar o que é posto, na política, na mídia jornalística, na religião, em todos os seguimentos da sociedade, e isso de fato incomoda.

Não à toa tem sido constantes os ataques à Sociologia, não à toa foi e tem sido tão difícil trazer a disciplina para o Ensino Médio brasileiro, não à toa ainda encontramos veículos de comunicação em massa como a revista Veja por exemplo, que em um de seus números em 2010, publicou uma matéria onde concentra a opinião de que a Sociologia estuda meramente o pensamento marxista, desconsiderando nomes como o próprio Durkheim, e o "atualíssimo" Max Weber, cujas teorias são as mais estudadas na atualidade, ou seja, usando novamente um termo utilizado pela professora Anatércia em sala de aula: "ele está na moda".

A revista inicia sua reportagem afirmando que "agora obrigatórias no Ensino Médio brasileiro, as aulas de sociologia e filosofia abusam de conceitos rasos e tom panfletário, matemática que é bom..."

Não sabemos onde os repórteres da referida revista assistiram uma aula de Sociologia, mas estamos participando de projetos de ensino em um dos nossos colégios aqui no estado da Bahia e sem dúvida alguma, os assuntos abordados em sala de aula tem conteúdo atual e vivenciado no dia a dia pelos alunos, conteúdo que informa, faz refletir, questiona e acima de tudo...ensina.

Aparentemente a reportagem de Veja desconhece a importância de promover o senso crítico, especialmente entre os jovens, um periódico que se vale exatamente desse tipo de promoção para legitimar sua própria existência, mas a Sociologia possui essa prerrogativa.

Que Matemática, Língua Portuguesa, Biologia, entre outras, tem importância fundamental, isso sem dúvida, mas poucas disciplinas trabalham tanto a promoção do senso crítico como a Filosofia e a Sociologia. Particularmente acredito que questões como: drogas, AIDS, corrupção, violência, homofobia, intolerância, entre outros, a partir de agora serão mais discutidos em sala de aula e isso significa uma coisa, significa que nossa juventude estará mais bem preparada para lidar com esses problemas, uma vez que se discute ainda na formação básica, assuntos que fazem parte do cotidiano de todo cidadão desde a infância.

As ideias serão mais bem formadas, as dúvidas serão melhor esclarecidas, então acredito que no futuro próximo, teremos homens e mulheres mais atentos na vida, mais vigilantes, melhor capacitados para fazerem escolhas que realmente farão deles e delas, cidadãos e cidadãs mais felizes, e consequentemente teremos uma sociedade mais limpa e mais justa.

Para o Brasil melhorar, Sociologia já!

Texto publicado anteriormente no blog sociologia hoje, aqui uma nova versão do mesmo.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Violência gera violência. Gentileza gera gentileza


O que gera a violência? Estamos vivendo um tempo em que não se vive mais com tranquilidade, aliás já faz algum tempo que esse sentimento não faz parte do nosso cotidiano. Estamos como já vem sendo propagado pelos especialistas há algum tempo, reféns em nossos próprios domínios, seja em nosso bairro, em nosso trabalho, em nossa casa, na escola. Sem dúvida que estamos vendo e vivenciando a escalada da violência de forma assustadora.
Estive com alguns colegas de faculdade envolvido numa pesquisa em minha cidade para obter dados sobre como o cidadão se sente, quando o que está em jogo é o viver bem e em paz, e claro, as pessoas estão espantadas, assustadas, algumas até desesperadas.
São proprietários de estabelecimentos comerciais que já tiveram a triste experiência de ter seu local de trabalho várias vezes invadido por bandidos, são donas de casa, mães de família que não se sentem seguras quando vão ao supermercado ou levar seu filho na escola, são professores da educação de base que a todo momento são vítmas de ameaças, xingamentos e até tem a sua vida colocada em risco por alunos e pais de alunos que não aceitam a disciplinação justa.
A polícia não dá conta e as vezes até ela mesma é vítima da violência contumaz, quando não acaba, por conta de alguns maus policiais (e ainda bem que são alguns) se tornando força motora da violência que assola tantas pessoas inocentes. Qual a razão de tudo isso? Quais seriam as respostas para as diversas perguntas que inquietam a sociedade?
A verdade é que vivemos o tempo da propagação da violência, ela se tornou a estrela principal de uma sociedade que ao longo de anos teve e tem seus valores morais questionados e muitas vezes jogados por terra, é só observar o que dá audiência hoje nos meios de comunicação e o grande número de programas jornalísticos sensacionalistas que embora cumprindo seu papel de informar, tem a violência como seu "produto" principal.

Ao subir os morros das grandes cidades brasileiras e até cidadezinhas do interior (eu moro em uma cidade do interior), encontram-se adolescentes e jovens municiados, armados com rifles, metralhadoras, granadas, armas de grosso calibre, sentindo-se "o rei do pedaço", drogados.

Com esses "super poderes" não se intimidam ao entrar em uma loja, shopping, residência, anunciar um assalto, agredir, matar. Esses são massa de manobra para pessoas doentes moralmente que a utiliza para impor suas "leis", função primária do Estado.

Quando especialistas questionavam a esposição de crianças e adolescentes a superdoses de imagens de violência em filmes, games, novelas, até aparentemente inocentes desenhos animados, outros "especialistas" diziam: "isso é bobagem, tudo é cultura e não podemos proibir".
Na funesta ditadura, à qual todos nós repudiamos, havia uma canção que dizia: "é proibido proibir", que fazia referência a não menos funesta e nefasta sensura imposta pelo regime militar, mas ao que parece, levaram isso a um ponto crítico, sem levar em conta as consequências dessa liberalidade e deixaram o carro descer ladeira abaixo e o pior, arrancaram-lhe os freios da moral, da disciplina, apertando deliberadamente o acelerador da condescendência, da falta de limites e hoje todos colhemos o amargo fruto de uma sociedade imersa em um dos seus mais covardes problemas, a violência. Eu diria que proibir não, mas conscientizar sim. Nisso a sociedade liberal falhou.
Como dizem: violência gera violência, com isso o cidadão, de forma não justificada, porque cansou de ser vítima, também se arma, se prepara para agir. Quando são ameaçados, reagem e a violência agora dobra suas vítimas, seus infortúnios, as vezes porque a vítima final é o agressor e também muitas vezes o trágico fim é do agredido.
Ainda hoje conversava com um amigo sobre os porquês disso tudo, eles existem sim, e cada vez serão colocados em evidência, a sociedade sofre as consequências e agora cobra dos que gritavam: "é proibido proibir". Especialmente aqueles que ignoraram onde isso tudo nos levaria. Aqui estamos, todos enclausurados, presos em nossas casas, com nossos medos, nossa insegurança, nosso pavor e perguntando em alto e bom som: o que faremos agora?!!

Para mim existe uma resposta e ela pode parecer simples demais, EDUCAÇÃO.

Eu acredito na educação, sei que ela sozinha não resolve todos os problemas da nossa sociedade, seria até inocente demais pensar assim, mas não tenho dúvida que é um excelente começo. Propiciar aos nossos adolescentes e jovens condições para desenvolver o pensar crítico, o papel de cada um na sociedade, seus deveres e privilégios, compreender e respeitar a alteridade, suas diferenças e também seus direitos são grandes passos para uma sociedade de fato, civilizada.

Essa deve ser a função primordial do poder público, além de prover meios para um viver mais digno com saúde, segurança, moradias. Sei que pode parecer utópico em um país imerso na corrupção onde realidades como: egoísmo, a má distribuição de renda, o preconceito, a exploração de todas as formas, infelizmente ainda reinam quase absolutas, mas não podemos jamais, deixar de acreditar que é possivel sim, construir uma sociedade decente.

Medidas imediatas como as que aconteceram no Rio de Janeiro nesse novembro de 2010, questionáveis ou não, acabam sendo necessárias para dar o recado da presença do Estado, de que ele existe e tem sua força legal, institucionalizada, mas sem dúvida alguma, o melhor caminho ainda é o da prevenção e isso é possivel sim, está ai a ciência, a religião, o poder público, o Estado de direito com ferramentas poderosas capazes de mudar o estado atual de coisas...e por fim o próprio cidadão de bem que pode começar em sua rua, em sua casa, no meio onde vive, dando exemplo, respeitando, contribuindo para uma sociedade de paz.

Como escreveu o "profeta" Gentileza pelos viadutos do Rio de Janeiro: gentileza gera gentileza. Projetemos essa ideia, essa genial ideia e o mundo com certeza será melhor.

O BRUTAL E DESUMANO UNIVERSO DAS REDES SOCIAIS - Por Maik Oliveira

Desligue suas redes sociais! A frase pode parecer de um rigor extremo, mas é o que sugerem importantes nomes do Vale do Silício, ex funcioná...